PAOK – Brondby (Liga Europa)
A cidade grega de Salónica recebe a primeira mão do “play-off” de acesso à fase de grupos da Liga Europa. O PAOK local defronta o Brondby e quer voltar a marcar presença na fase final da competição, tal como sucedeu nas últimas duas temporadas. Os dinamarqueses, por seu turno, nunca foram capazes de alcançar a fase de grupos desde que a Taça UEFA se converteu em Liga Europa. Questões do foro económico à parte, aqui são os gregos que partem enquanto favoritos à conquista do acesso no final dos 180 minutos da eliminatória.
Para chegar a este “play-off”, o PAOK deixou pelo caminho Lokomotiva Zagreb e Spartak Trnava, dois adversários teoricamente inferiores. O duplo compromisso com o Brondby constitui, sem margem para duvidas, o teste mais exigente à capacidade dos gregos nesta ronda preliminar da Liga Europa. A jogar em casa, no quente ambiente do Stadio Toumba, o PAOK é muito forte. Este ano, venceu os dois jogos que disputou no seu estádio: 6-1 a0 Lokomotiva Zagreb e 1-0 diante do Spartak Trnava. Na última época o registo não foi tão bom quanto a isso, dado que apesar de ter vencido o Zimbru no “play-off” por 4-0 e o Dínamo Minsk na fase de grupos por 6-1, perdeu para Fiorentina (0-1) e Guimgamp (1-2). Há duas épocas, numa campanha que realizou até aos 16-avos terminando eliminado pelo Benfica nessa mesma fase, não perdeu qualquer jogo em casa durante a fase de grupos. Venceu o Shakhter, o Maccabi Haifa e empatou diante do AZ Alkmaar. As “águias” foram o único adversário capaz de impôr uma derrota aos homens de Salónica na própria casa. Estes dados servem para dar uma ideia quanto à força que os gregos denotam em casa. O PAOK ainda não se encontra a competir a nível interno, dado que o campeonato grego tem início marcado para o próximo fim-de-semana.
O croata Igor Tudor tem à sua disposição um plantel bem composto, repleto de opções que dão garantias. Neste mercado de transferências, a política adoptada pelo PAOK centrou-se no recrutamento de jogadores jovens, com margem de progressão. Glykos (lesionado), Miguel Vitor (suspenso), Skondras (suspenso), Charisis (lesionado) e Pereyra (não inscrito) não entram nas contas de Tudor para este jogo. Lucas, médio ofensivo que marcou ao Spartak Trnava na eliminatória anterior, abandonou o clube e regressou ao país de origem para representar o Depor.
Onze provável: Olsen – Konstantinidis, Ricardo Costa, Malezas, Tzavellas – Tziolis, Korovesis, Pelkas – Mak, Kaçe, Athanasiadis.
O Brondby iniciou a participação na atual edição da Liga Europa mais cedo que o PAOK. A estreia remonta à primeira pré-eliminatória, altura em que os dinamarqueses bateram o modesto Juvenes/Dagona de San Marino por esclarecedores 11-0 no conjunto das duas mãos. Um teste que serviu, essencialmente, para começar a olear os mecanismos da equipa. Os dois adversários que se seguiram estavam já, claramente, vários patamares acima do modesto Juvenes. Os próprios resultados que se registaram indicam nesse sentido, com o Brondby a sentir dificuldades para avançar. Primeiramente, derrotou o Beroe da Bulgária. Vitória por 0-1 fora de portas e 0-0 em casa. Seguiu-se o Omonia. Aparentemente, o Brondby esgotou o “plafond” de golos em casa na primeira eliminatória, dado que na altura marcou 9 (!) num só jogo. No confronto com os cipriotas, voltou a registar-se um nulo na Dinamarca. Um empate a dois em Nicosia permitiu seguir em frente.
Em termos de campeonato dinamarquês, o Brondby arrancou de forma bem modesta. Com cinco jornadas decorridas, é apenas 9º classificado com 4 pontos, fruto de uma vitória, um empate e três derrotas. A carga algo excessiva de jogos nesta fase da temporada é uma das razões na base deste começo a “meio gás”. Chegam, ainda assim, motivados a este jogo pela goleada aplicada em casa do Viborg no último fim-de-semana: 0-4.
Para encarar esta eliminatória, os dinamarqueses têm duas baixas nas suas fileiras. Daniel Agger, central ex-Liverpool, encontra-se lesionado e provavelmente só regressará à competição no início do próximo mês. O capitão Thomas Kahlenberg também está lesionado e não poderá dar o seu contributo à equipa nesta deslocação à Grécia. A principal figura desta formação tem sido o avançado Teemu Pukki, finlandês que chegou do Celtic de Glasgow e já leva vários golos marcados ao serviço do novo emblema. Ronnie Schwartz e Magnus Eriksson são os homens que completam a frente de ataque. Destaque ainda para o lateral-direito Johan Larsson, jogador que se envolve bem na manobra ofensiva.
Onze provável: Ronnow – Larsson, Dumic, Albrechtsen, Durmisi – Ornskov, Norgaard, Phiri – Eirksson, Schwartz, Pukki.
À semelhança do que aconteceu nos dois jogos que disputou em casa nas eliminatórias anteriores, o PAOK parte na condição de favorito à conquista da vantagem.