É já esta sexta-feira que Girona e Real Valladolid vão dar o pontapé de saída na La Liga 2018/19, horas antes de Bétis e Levante subirem ao relvado do Benito Villamarín para medirem forças. O Real Madrid, agora sem Cristiano Ronaldo, quer derrubar um Barcelona altamente dominador na última época que ainda por cima se reforçou bem, enquanto o Atlético, de “cara lavada” e com a Supertaça europeia conquistada, também quer marcar posição na luta pelo título.

Barcelona

Foto: "EFE"

Foto: “EFE”

As casas de apostas colocam o Barcelona no topo da lista de favoritos à conquista do título espanhol. Vencedor de três das últimas cinco edições do campeonato espanhol, o emblema “Culé” dominou por completo nas competições domésticas da última temporada, conquistando tanto o campeonato quanto a Copa do Rei. A eliminação da Liga dos Campeões às mãos da AS Roma, de forma escandalosa, marcou pela negativa uma temporada em que a equipa catalã não teve grande oposição para cimentar o seu domínio em Espanha. Leo Messi é agora a principal figura do campeonato espanhol e quer continuar a levar o Barcelona de Ernesto Valverde à glória. O ciclo de Iniesta em Barcelona chegou ao fim e essa é a maior baixa em relação à temporada anterior, pelo que os homens do norte de Espanha foram ao mercado e reforçaram a equipa com Arthur, Lenglet, Malcom e Arturo Vidal. De todos estes, nenhum deverá ter entrada direta no onze inicial, pelo menos para já.

Atlético de Madrid

Iniciar a época com uma vitória na Supertaça europeia frente ao Real Madrid era o “boost” de confiança que o Atlético de Madrid precisava para encarar uma temporada em que entra com legítimas aspirações relativamente à luta pelo título. “Cholo” Simeone continua a ser a cara de um projeto consolidado, sendo que para o ataque à nova época conta com um leque de opções bem mais alargado que na última época, reflexo da confiança da direção na possibilidade de voltar a conquistar o campeonato espanhol, algo que aconteceu pela última vez na época 2013/14. Gabi deixou o clube e poderá ser uma baixa a considerar sobretudo em função do “peso” que tinha no balneário, mas o Atléti soube reforçar as suas fileiras com a qualidade de jogadores como Lemar, Gelson Martins, Rodri, Nehuén Pérez, Adán, Arias ou Kalinic. Estão reunidas todas as condições para uma grande temporada no Wanda Metropolitano.

Real Madrid

Aprender a viver sem Cristiano Ronaldo e Zinedine Zidane, dois rostos que deixarão saudades aos adeptos do Real Madrid, indissociáveis de um dos melhores períodos da história do Real Madrid no plano europeu. Dentro do relvado, por mais voltas que o Real possa dar, a falta de Cristiano será acusada – assim como o Barça acusaria a falta de Messi -, ou não estivéssemos a falar de um jogador estratosférico -, fora dele, a liderança de Zinedine Zidane também poderá fazer falta. O técnico gaulês decidiu abandonar o clube e a escolha para o seu lugar foi tudo menos consensual. No Bernabéu, começar de forma negativa é sempre um mau prenúncio, ainda para mais quando as duvidas são colocadas desde início. Julen Lopetegui perdeu a Supertaça europeia para o Atlético e tem “uma montanha para escalar” se quiser acalmar as críticas.

A luta pela Europa

Valência, Villarreal, Bétis e Sevilha são os candidatos mais fortes ao acesso europeu e até poderão causar dificuldades à “santa trindade” anteriormente enunciada, mas a questão do “título” não pode entrar no léxico destas equipas. Os “Ché” continuam sob as ordens de Marcelino García Toral e garantiram reforços importantes como Cheryshev, Batshuayi, Gameiro, Wass e Piccini, para além de terem conseguido manter as suas principais figuras, importando destacar a aquisição de Kondogbia após um período de empréstimo. Também na comunidade valenciana, o Villarreal de Javier Calleja promete voltar a dar que falar, até porque se reforçiu bem. Santi Cazorla, recuperado de uma grave lesão que chegou a colocar a sua carreira em sério risco, poderá ser a referência do “submarino amarelo” nesta sua segunda vida no “El Madrigal”.

A sul, na Andaluzia, os “velhos rivais” Bétis e Sevilha geram grandes expectativas. O Bétis de Quique Sétien promete continuar a entreter a plateia do Benito Villamarín e reforçou-se com esse intuito, ao passo que o Sevilha, após um ano de grande instabilidade no comando técnico, vai ser orientado por um estratega que guiou o Girona a uma época de sonho na estreia do conjunto catalão no escalão máximo. Pablo Machín é o eleito para devolver o bom futebol – e incutir maior regularidade – ao emblema do Sánchez Pizjuán e poderá contar com Amadou, Vaclík, Sergi Gómez, Gnagnon, André Silva e Aleix Vidal.

Boas Apostas!