New York City – New York Red Bulls (MLS)
O segundo dérbi entre os conjuntos nova-iorquinos da Major League Soccer disputa-se num contexto muito especial. Para começar, as duas equipas estão no topo da tabela da Conferência Este, o City em segundo, os Red Bulls em terceiro, ambas com reais expetativas de poderem dar luta por uma presença confiante no playoff. Mas há mais. No primeiro jogo disputado esta temporada, os Red Bulls venceram por 7-0 no Yankee Stadium, expondo o seu rival à maior humilhação da sua ainda curta existência. Será, portanto, também com isso em mente que as duas equipas vão a jogo. Os Red Bulls cientes de que uma vitória os catapultará para o segundo lugar, os City com a noção de que precisam de se vingar.
Aos New York City fez muito bem a pausa, já que os dois jogos disputados desde o descanso se transformaram em vitórias para a equipa de Patrick Vieira. Primeiro frente aos Philadelphia Union, em casa, por 3-2, depois na deslocação ao terreno dos Seattle Sounders. Figura da equipa nestas partidas, com uma influência crescente na saída para o ataque? Frank Lampard. Ninguém diria, depois da lesão que afetou o seu início de temporada, que o inglês poderia recuperar para ser um elemento preponderante na ligação com o ataque. Com McNamara e Harrison a acompanharem David Villa na frente, o inglês funciona como uma espécie de dez à solta, protegido pela dupla Iraola e Pirlo no setor mais defensivo. O trabalho de Patrick Vieira volta a dar resultados, para além da classificação, mas jogar em casa é sempre desconfortável para o City, parecendo sempre ser a equipa que mais dificuldades tem para se adaptar às dimensões do seu próprio terreno de jogo.
Connor Brandt e Federico Bravo têm agora a companhia de Steven Mendoza na lista de lesionados.
Onze Provável: Saunders – RJ Allen, Brillant, Hernandez, Matarrita – Iraola, Pirlo – Diskerud, Lampard, McNamara – David Villa.
Já para os New York Red Bulls, que estavam em clara recuperação no final do mês de maio, a paragem não lhes fez senão mal, sem vitórias nos dois jogos disputados depois de vencer perante os Seattle Sounders. Uma derrota na deslocação a Salt Lake e um empate no terreno dos Columbus Crew são um somatório triste destas últimas semanas. Na US Open Cup, afastaram os Rochester Rhinos e agora caíram aos pés dos Philadelphia Union. Teriam já em vista este regresso ao Yankee Stadium, onde estiveram à beira de fazer história somando quase a maior vitória de sempre da história da Major League Soccer? No fundo, a pressão alta exercida pelos homens de Marsch encontra um terreno muito propício num relvado de dimensões mais reduzidas, pelo que acreditar em nova vitória é bem possível. Dificilmente pelos mesmos números do outro encontro – o City não o pode permitir – mas com o olho nessa conquista, sempre apetecível, de vencer o rival da cidade.
Algumas lesões prejudicam o planeamento da equipa, sobretudo na defesa, com Perrinelle e Lawrence ausentes. A eles juntam-se Shaun Wright-Phillips e Tyler Adams, que também deverão falhar este encontro.
Onze Provável: Robles -Zizzo, Duvall, Zubar, Lade – Felipe Martins, McCarty – Sam, Kljestan, Grella – Bradley Wright-Phillips.
O ano passado, o City também perdeu o único jogo disputado em casa frente ao rival. Será desta que transforma o Yankee Stadium em terreno para voar sobre os Red Bulls? Um jogo impróprio para cardíacos é o que se espera desta partida, onde os Red Bulls voltam a estar com a pressão pronta para fazer tropeçar um adversário que já terá pensado, muitas vezes, como se livrará deste rival fazendo-o sofrer.
