New York City – New York Red Bulls (MLS)
Líder isolado da Conferência Este depois de, na madrugada de quinta-feira, o conjunto orientado por Patrick Vieira chega ao dérbi local com o ceptro de favorito à vitória. Esta ideia poderá ser algo confusa para quem, na temporada passada, viu o City sofrer no fundo da tabela e os Red Bulls cotarem-se como uma das melhores equipas da MLS até cair no playoff. Mas as coisas mudaram bastante e, enquanto Jesse Marsch vai procurando que o seu conjunto continue a render ao nível do ano passado – para já, sem sucesso -, Patrick Vieira buscou e encontrou maneira de colocar a sua equipa a manter um nível exibicional mais constante e, a partir daí, ser um forte candidato aos lugares de topo na sua Conferência. Será que pode manter essa tendência?
Os New York City vivem um momento especial, somando agora cinco jogos sem perder, com dois empates e três vitórias. O melhor deste percurso até pode parecer ser o primeiro lugar na Conferência Este, mas Patrick Vieira terá opinião diferente. Para o treinador, o mais importante será, sem dúvida, aquilo que conseguiu em tão pouco tempo: transformar o seu conjunto de um grupo algo desorganizado de bons jogadores, numa equipa com pés e cabeça e capacidade de gerir ritmos de partidas. Com a subida no terreno de Andrea Pirlo, o City começou a conquistar dimensão física na defesa, onde Bravo é agora um médio com mentalidade de central, muitas vezes, enquanto o italiano ajuda a organizar a criatividade de Villa e McNamara no último terço. As opções no banco também permitem alguma vitalidade nas mudanças no onze. A meio da semana, em Toronto, foram sete alterações e a capacidade de empatar frente a um conjunto muito forte. Com Lampard ainda de fora e tendo em conta as reduzidas dimensões do terreno de jogo, espera-se que Vieira volte a adaptar a estrutura da equipa, em busca de mais uma vitória.
Onze Provável: Saunders – RJ Allen, Brillant, Hernandez, Matarrita – Bravo, Pirlo – Shelton, Mix Diskerud, McNamara – David Villa.
Os New York Red Bulls continuam aquém do seu melhor, depois de uma grande temporada em 2015, mas a equipa ainda não se restabeleceu das saídas no setor central da sua defesa. De resto, o onze habitual continua o mesmo, mas a equipa denota alguma fadiga e incapacidade de manter o ritmo elevado que o seu técnico preconiza. Ao mesmo tempo, não espanta levar em conta que o técnico tenha alterado o planeamento da sua temporada, depois dos Red Bulls terem ficado “sem asas” exatamente no momento da época em que deveriam estar mais fortes. Mexer com os pontos altos da temporada poderá permitir à equipa mostrar-se, este ano, mais forte no período final, sendo que a qualificação para o playoff, tendo em conta o seu valor e o contexto da Conferência, não parece difícil de assegurar. Damien Perrinelle continua a ser baixa de peso no centro da defesa, com a chegada de outro francês, Collin, dos Orlando City, a ajudar a compensar essa falta.
Onze Provável: Luis Robles – Zizzo, Duvall, Collin, Lawrence – Felipe Martins, Dax McCarty – Sam, Kljestan, Grella – Bradley Wright-Phillips.
O histórico entre estas duas equipas, apesar da rivalidade, é ainda curto, com os três jogos disputados em 2015 a darem, todos eles, vitória para os Red Bulls.
Com o objetivo de mudar essa tendência e oferecer a primeira vitória de sempre no dérbi ao City, Patrick Vieira deverá apresentar-se na máxima força, compensando a rotação feita a meio da semana.