Martinica – México (Gold Cup)
Com o primeiro lugar do Grupo A entregue à seleção do Panamá, Martinica e México fecham a fase de grupos na luta direta pela segunda posição deste grupo. Depois de ambos terem batido o Canadá e ambos terem perdido para os panamianos, as duas equipas deixaram já sinais de que merecem estar nos quartos-de-final da Gold Cup. Ainda assim, o apuramento direto só poderá ser garantido por uma delas, enquanto a outra ficará a aguardar que se façam as contas finais de todos os grupos, sendo que dois terceiros classificados acabarão repescados para a fase seguinte da competição.
A Martinica perdeu Berdix para este encontro, devido a expulsão frente ao Panamá, sendo agora necessário saber se Zaire estará recuperado para voltar a entrar no onze. Com Kévin Olimpa a mostrar-se um guardião de grandes qualidades, sobretudo para este nível competitivo, a linha defensiva com Grégory, Crétinoir e Babin parece compor-se com qualidade e equilíbrio. É difícil marcar a esta equipa caribenha, sendo que apenas de grande penalidade o Panamá conseguiu romper a inviolabilidade das redes de Olimpa. Patrick Cavelan tem a sua equipa bem montada e, quer no meio-campo, quer no ataque, manteve as mesmas apostas, com Kévin Parsemain a mostrar-se como um atleta com excelentes qualidade técnicas, mesmo que seja Frédéric Piquionne quem transforma em ouro cada bola que toca. O avançado dos Portland Timbers arrisca-se mesmo a ser considerado um dos mais fortes jogadores da Gold Cup. Com tudo isto, a equipa da Martinica tem valor para discutir os pontos com o México ainda que, devido ao goal average, precise mesmo de vencer para ultrapassar o seu adversário na tabela classificativa.
Na equipa do México, o técnico José Manuel de la Torre promoveu algumas alterações na sua equipa, mas as figuras continuaram a ser as mesmas, algo que se espera venha a repetir-se também no encontro frente a Martinica. Raul Jiménez e Marco Fabián são os atletas mais valiosos desta equipa, pela intensidade e criatividade que colocam em campo, para além de se destacarem também pela rapidez dos seus movimentos. Márquez-Lugo é companhia na frente de ataque, que não sentiu grandes dificuldades para ultrapassar uma equipa canadiana que está já afastada da competição. A nível defensivo, o México teve oportunidade de rever os seus movimentos, evitando erros infantis e fechando muito melhor os caminhos para as suas redes. Huiqui voltou a ser peça fundamental neste trabalho, capitão e líder da equipa, enquanto na baliza, Orozco resolveu bem os desafios que lhe foram colocados.
As duas equipas defrontaram-se apenas uma vez na sua história, também na Gold Cup, em 1993. Por essa altura, a diferença de forças era enorme, pelo que o resultado de 9-0 alcançado pelos mexicanos não tem qualquer forma de poder ser transporto para este encontro. Numa partida que se espera bastante mais equilibrada, o México entra como favorito mas terá que demonstrar em campo que tem, para além da qualidade, a vontade de ser mais forte do que a Martinica, de maneira a passar para a eliminatória seguinte em segundo lugar. Num jogo que tem os condimentos todos para ser uma grande partida de futebol, poderá escrever-se, ainda assim, mais uma página dourada na curta história da seleção da Martinica.
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