Mali – Egipto (Taça das Nações Africanas)
Gana, Uganda, Mali e Egipto integram o grupo D e são as últimas quatro seleções a entrar em ação na primeira jornada da Taça das Nações Africanas 2017. O Stade de Port-Gentil acolhe o duelo entre malianos e egípcios, encontro com vários motivos de interesse que conta com os “portugueses” Moussa Marega e Ahmed Hassan, avançados que representam os rivais minhotos Vitória Sport Clube e Sporting Clube de Braga.
Num grupo D em que as seleções de Gana e Egipto são favoritas a garantir o acesso aos quartos-de-final, o Mali surge como terceira força, num pedestal acima do Uganda, seleção que está de regresso à fase final da Taça das Nações Africanas depois de uma ausência prolongada. Presente na fase final da maior competição de seleções do continente africano pela sexta vez consecutiva, o Mali ficou no terceiro lugar do pódio nas edições de 2012 e 2013, assegurando um lugar na fase final da atual edição sem derrotas – cinco vitórias e um empate com dez golos marcados e dois sofridos. Atentando nos duelos disputados mais recentemente por esta seleção, note-se que o conjunto maliano perdeu os primeiros dois desafios do grupo de apuramento para o Mundial 2018, ao perder na Costa do Marfim (3-1) e empatar em casa com a seleção do Gabão (0-0), nação que acolhe a atual edição da Taça das Nações Africanas.
O francês Alan Giresse é o seleccionador de uma equipa em que Moussa Marega é o representante do futebol português, avançado que contará com a concorrência de Kalifa Coulibaly, jogador do Gent que defrontou o Sporting Clube de Braga na Liga Europa e foi o autor do golo dos belgas em Konya que permitiu seguir para os “16 avos”, afastando consequentemente a formação da “cidade dos Arcebispos”. Moussa Doumbia (FK Rostov) e Adama Traoré (AS Mónaco) são outros dois jovens jogadores que nos merecem destaque nesta lista de convocados maliana, embora o atleta do clube francês não possa dar o seu contributo nesta primeira ronda devido a lesão, juntando-se ao guarda-redes Soumbeila Diakité no lote de indisponíveis. A seleção do Mali vale sobretudo pelos argumentos que possui do ponto de vista físico, apresentado maiores vulnerabilidades em termos defensivos.
Onze Provável: Diarra, Ousmane Coulibaly, Wague, N’Diaye, Salif Coulibaly, Yatabaré, Samba Sou, Sylla, Sow, Sako, Marega
A atual edição da Taça das Nações Africanas fica marcada pelo regresso de uma das seleções mais reputados do continente africano: O “heptacampeão” Egipto, ausente desde 2010, edição que venceu. A violência que alastrou para os estádios está na base da ausência prolongada de uma equipa que regressa ao maior palco do futebol africano com legítimas aspirações a chegar longe.
Treinada por Héctor Cúper – treinador que fez história em Valência -, a seleção do Egipto também chegou à fase final da Taça das Nações Africanas sem derrotas, à imagem do que aconteceu com o Mali, mas os resultados recentes não se equiparam aos do rival nesta primeira jornada: Com duas partidas já disputadas na fase de qualificação para o Mundial 2018, o Egipto leva seis pontos conquistados, graças aos triunfos diante do Gana (2-0) e do Congo (2-1). Com o “bracarense” Ahmed Hassan como hipótese para a frente de ataque, é o “romano” Mohamed Salah quem assume o papel de principal figura desta equipa, atleta que está a protagonizar uma boa temporada no histórico da capital italiana. Mohamed Elnenny (Arsenal), Ahmed El Mohamady (Hull City) e o veterano guarda-redes Essam El Hadary são alguns dos nomes mais sonantes desta seleção, aparentemente mais completa que o adversário Mali. Os “faraós” vão entrar em campo já conhecedores do resultado rubricado pela seleção do Gana (principal concorrente na luta pelo acesso à próxima fase) no embate com o Uganda.
Onze Provável: El Hadary, Hegazy, Gaber, Shafy, Dowidar, El Nenny, Said, El Mohamady, Ibrahim Salah, Hassan, Mohamed Salah
As seleções de Mali e Egipto não medem forças desde 2008, ano em que se defrontaram em contexto amigável e os egípcios triunfaram por uma bola a zero. Adivinha-se um encontro equilibrado entre duas equipas que possuem argumentos interessantes do ponto de vista ofensivo.