Lyon – Valência (Liga dos Campeões)
No segundo jogo da fase de grupos o Lyon recebe a equipa de Nuno Espírito Santo. As duas equipas vão tentar compensar a cedência de pontos na primeira jornada. Os franceses não conseguiram mais do que um empate na Bélgica, diante do Gent, mesmo com o adversário a jogar com menos dois. E o Valência caiu para o último lugar, ainda a zeros, depois de ter perdido em casa frente ao Zenit. De um e outro lado há lesões a limitar as opções. Mas mais do que as questões físicas, as duas formações precisam de restaurar a confiança.
Ao fim de oito jornadas o Lyon está no oitavo posto da Ligue 1, com doze pontos (3V/3E/ 2D), em igualdade pontual com o Mónico, que segue atrás. Não é o melhor início de época e o maior fator deste arranque difícil pode estar nas prestações da sua maior estrela. Alexandre Lacazette está uma sombra do jogador que na temporada passada ganhou o galardão de maior marcador do campeonato francês. Nos seis jogos que disputou na Liga marcou apenas por uma vez.
O francês tem-se queixado de problemas nas costas que limitam muito as suas exibições mas o maior problema parece ser uma mágoa que guarda aos responsáveis do clube onde milita desde os dez anos de idade. Lacazette sente-se injustiçado pelo presidente do Lyon. Aspas falou publicamente das duras negociações deste verão, pintando o jogador como um interesseiro que exigia valores extravagantes para renovar, ao ponto do jogador se sentir obrigado a justificar-se até a familiares mais próximos. É natural que ele procurasse melhores condições para ficar já que é, indubitavelmente, o elemento mais valioso do plantel e tem mercado e manifestações de interesse de grandes emblemas europeus, como o City e o Arsenal.
No sábado o Lyon sofreu a segunda derrota na Liga, na vista a Bordéus (3-1). Na primeira jornada do grupo H não conseguiu melhor do que uma igualdade a um no terreno do Gent, apesar dos belgas terem terminado o encontro com dois homens a menos. E Lacazette falhou um penálti.
No jogo do fim de semana Hubert Fournier tinha oito elementos entregues ao departamento médico. Rafael, Clément Grenier, Fofana e Fekir continuam a ser baixas certas. As situações de Bakary Koné, Bedimo, Yanga-Mbiwa e Alexandre Lacazette ainda suscitam dúvida.
Onze Provável: Anthony Lopes – Jallet, Bisevac, Umtiti, Morel – Ferri, Gonalons, Tolisso – Valbuena – Lacazette, Beauvue.
O Valência voltou a ganhar no fim de semana! Pode parece entusiasmo excessivo mas a verdade é que é apenas a terceira vitória em nove jogos oficias disputados esta temporada. Há três jogos consecutivos que acumulava resultados e exibições muito fracas. Este trecho começou com o desaire em casa, na receção ao Zenit (2-3), no primeiro encontro da fase de grupos da Liga dos Campeões. Seguiu-se um empate com o Real Bétis (0-0), também no Mestalla, e nova derrota no terreno do Espanyol (1-0). É verdade que o regresso aos triunfos aconteceu em casa, diante do Granada, que não por acaso está no fundo da tabela da Liga espanhola. Mas a cavalo dado não se olha o dente. Os Ché precisam de somar vitórias para reestabelecer a confiança e depois preocupar-se em melhorar as exibições.
Novidade na convocatória de Nuno Espírito Santo foi a inclusão de Matt Ryan. O australiano, que assinou pelos Ché este verão, magoou-se na segunda jornada do campeonato e tinha como previsão mais otimista o regresso ao fim de um mês. É a primeira vez, desde a lesão que o guarda-redes entra nas opções. Ainda assim, custa a crer que Ryan seja titular num jogo europeu, depois do tempo de paragem. Até porque não tem sido Jaume a comprometer a equipa. Diego Alves, André Almeida e José Gayá continuam descartados.
Onze Provável: Jaume – Cancelo, Mustafi, Abdennour, Orban – Parejo, Javi Fuego, Enzo Pérez – Feghouli, Negredo, Piatti.
Lyon | 1-2 | Valencia | LC 2000/01 |
Valencia | 1-0 | Lyon | LC 2000/01 |
Seria ótimo para o Lyon aproveitar a insegurança do Valência para pontuar e manter, pelo menos, o segundo lugar no grupo. Mas também os Ché buscam ansiosamente esse resultado positivo galvanizador, que dê início a uma dinâmica ascendente na equipa.