Liverpool – Hull City (Premier League)
Este é o verdadeiro desafio de Jurgen Klopp. O Liverpool já provou ser capaz de vencer qualquer adversário quando se empenha nisso mas a dificuldade tem sido manter a consistência fora dos grandes palcos. O Hull não tem o destaque que os Reds gostam mas é um osso duro de roer, que vai exigir dedicação e paciência.
O Liverpool vem numa sucessão de sucessos. A equipa de Jurgen Klopp está há cinco partidas sem perder em todas as competições (4V/1E), incluindo nesta série triunfos sobre o Leicester City (4-1) e Chelsea (1-2) em Stamford Bridge. Se recordarmos o triunfo no Emirates no encontro de abertura da Premier League confirma-se que os Reds adoram destacar-se nos duelos com os seus pares, leia-se equipas de topo em Inglaterra. Mas dessa primeira jornada para cá há uma grande diferença. O treinador alemão está a trabalhar afincadamente para evitar as oscilações de rendimento, um certo autodeslumbramento que acabava por provocar quebras de concentração comprometedoras. Na deslocação a Londres, há uma semana, a equipa passou um teste exigente. Estar a vencer o Chelsea por dois a zero ainda na primeira metade não os fez perder a cabeça. Mantiveram o plano e a intensidade, não abanando minimamente quando Diego Costa reduziu ainda a meio do segundo tempo.
Mas a receção ao Hull será o verdadeiro desafio, aquele que nos irá dizer se este Liverpool é mesmo candidato ao topo da classificação ou apenas uma equipa que dá gosto ver atuar, como uma espécie de fogo-de-artifício. Sem a incidência dos holofotes, numa partida em que será necessário partir pedra e ter paciência para reclamar os três pontos, será que a equipa rende o mesmo? Essa é a questão e ninguém mais do que Klopp quer uma resposta cabal.
Karius fez a sua estreia em jogos oficiais na eliminatória da Taça EFL, em que os Reds bateram o Derby County por 3-0 – golos de Klavan, Coutinho e Origi – e agora há alguma curiosidade em perceber se o técnico o volta a sentar no banco ou o mantem a titular. Na próxima ronda, marcada para daqui a um mês, os Reds recebem os Spurs.
O Liverpool está no sexto lugar da Premier League, com os mesmos dez pontos (3V/ 1E/ 1D) que Chelsea e Arsenal, que o antecedem na classificação.
Sheyi Ojo continua lesionado. Joe Gómez está a recuperar os níveis físicos. Sturridge e Wijnaldum, com mazelas menores, foram poupados a meio da semana e a sua utilização está ainda em dúvida.
Onze Provável: Mignolet – Clyne, Lovren, Matip, Milner – Lallana, Henderson, Can – Mané, Firmino, Coutinho.
Custou mas o Hull City lá conseguiu a qualificação para a quarta ronda da Taça da Liga Inglesa. O triunfo sobre o Stoke City chegou já em tempo de descontos, com um golo de Markus Henriksen. Mesmo ao cair do pano há de ter sabido bem, para quebrar a sucessão de resultados negativos que somaram recentemente na Liga. Foram três jornadas consecutivas sem vencer e mesmo que derrotas frente a Manchester United (0-1) e Arsenal (1-4) não possam macular um início de temporada muito acima das expetativas, o acumular destes desfechos afeta a moral do grupo.
Dada a dificuldade do que o calendário inicial reservou aos Tigers, e as circunstâncias da equipa já conhecidas, o clube está-se a sair surpreendentemente bem. Contam sete pontos (2V/ 1E/ 2D), que os colocam na décima segunda posição. Estão em igualdade pontual com o atual campeão, por exemplo, ou apenas a três dos Reds.
O departamento médico continua a ter muito com que se entreter, com cinco homens – McGregor, Dawson, Odubajo, Bruce, Lenihan – ainda a requisitar cuidados continuados
Onze Provável: Marshall – Elmohamady, Livermore, Davies, Robertson – Clucas, Huddlestone, Mason – Snodgrass, Abel Hernández, Henriksen.
Hull City | 1-0 | Liverpool |
P. League 2014/15
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Liverpool | 0-0 | Hull City |
P. League 2014/15
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A última visita do Hull City a Anfield, antes de ser despromovido, terminou a zeros.