Quatro jogos, outras tantas vitórias, nove golos marcados e zero sofridos. O Estudiantes de La Plata é a grande sensação desta etapa inicial do Campeonato de Primera División 2016/17, competição que reúne 30 equipas a concurso. O emblema agora presidido por Juan Sebastián Verón é líder isolado do principal escalão argentino, dando continuidade ao bom percurso rubricado na primeira metade da temporada que culminou com o apuramento para a Libertadores 2017.
Foto: “Télam”
Nélson Vivas, ex-internacional argentino que chegou ao Estudiantes em 2015, permanece no comando técnico da formação de La Plata. Olhando ao atual plantel do Estudiantes, não se verificam grandes alterações comparativamente à equipa que atuou na primeira metade do ano. Os resultados conquistados nas quatro primeiras rondas do campeonato argentino pontuam, de um modo fiel, aquilo que o Estudiantes tem sentido até então: Uma equipa madura, sólida a defender, talhada para gerir as ações de cada jogo e letal no último terço. Nesta fase, perspetivar o futuro do Estudiantes na competição não é mais que um exercício de futurologia vago em si mesmo, até porque ainda nem sequer foi possível aferir de que forma é que a equipa está preparada para responder a um cenário de adversidade. Em declarações à imprensa após a vitória frente ao Temperley, Jonathan Schunke optou por um discurso ponderado, lúcido: “Estamos numa fase prematura de um torneio muito longo. É um início positivo, nada mais que isso. Queremos continuar a trabalhar com humildade, sabemos que não somos os melhores e que temos muito para melhorar”.
Num contexto imprevisível, em que o perigo aparenta habitar em cada canto, o Estudiantes de La Plata tem sido regular e lidera com dois pontos de vantagem sobre o Newell’s Old Boys ao cabo de quatro rondas. O percurso da equipa de La Plata, nos arredores de Buenos Aires, começou com uma vitória fora de portas frente ao Tigre (0-3) – dois golos de rajada apontados por Ignacio Bailone (45′) e Lucas Rodríguez (46′) foram decisivos no desfecho do primeiro encontro na atual edição do campeonato argentino. No primeiro encontro em casa, frente ao Sarmiento de Junín orientado por Gabriel Schurrer, o Estudiantes conquistou os três pontos ao vencer pela margem miníma, com Ignacio Bailone a revelar-se novamente decisivo quando apontou o único golo da partida. Seguiu-se uma vitória no Monumental José Fierro frente ao Atlético Tucumán (0-2) com um “bis” de Carlos Auzqui e, no último domingo, as bancadas do Ciudad de La Plata voltaram a vibrar com mais uma vitória do Estudiantes, desta feita frente ao Temperley, por três golos sem resposta. Totalmente focado na participação no torneio local, o Estudiantes foi eliminado pelo Belgrano na Copa Sul-Americana na 2ª fase preliminar, situação que no entanto não mexe com as aspirações da equipa.
Neste início de época, o segredo do sucesso do Estudiantes de La Plata tem residido sobretudo nos comportamentos da equipa em termos coletivos, perfeitamente entrosada e capacitada daquilo que tem que fazer quando entra dentro das quatro linhas. A formação que veste de vermelho e branco não possui grandes destaques no plano individual, mas a experiência conferida por jogadores como Mariano Andújar, Jonathan Schunke, Rodrigo Braña ou Luca Viatri é um factor que deve ser tido em conta. Porém, nesta turma, também há espaço para aprender e crescer. Santiago Ascacíbar – esteve nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro ao serviço da Argentina -, Lucas Diarte, Augusto Solari e Juan Cavallaro são bons exemplos disso, jovens atletas que têm constado no onze inicial da equipa com frequência.
Boas Apostas!
