Juventus – Sevilla (Liga dos Campeões)
A Liga dos Campeões parece ser o universo alternativo onde estas duas equipas, a atravessar profundas crises de resultados e confiança, brilham. Ambas com apenas cinco pontos, após a sexta jornada dos respetivos campeonatos, venceram o primeiro jogo da fase de grupos com autoridade e pretendem repetir a sensação para criar um movimento positivo que as ajude a recuperar no plano doméstico.
A Juventus somou, este sábado, a terceira derrota na Serie A, frente ao Napoli (2-1). Depois de uma temporada de 2014-15 em que pela quarta vez seguida conquistaram todos os títulos de Itállia e na qual atingiram a final da Liga dos Campeões, depois de tantos anos com prestações frustrantes, a Vecchia Signora caiu a pique. Já se antecipava que a renovação necessária e a chegada de muita gente jovem apresentasse fatura nos resultados desportivos. Mas ninguém esperava que o custo fosse tão pesado. Estão jogados seis encontros do campeonato e a Juve perdeu metade; tem só um triunfo no registo – sobre o Genoa (0-2) – e ainda não conseguiu vencer um jogo no Estádio da Juventus – perdeu com a Udinese (0-1) e cedeu empates com Chievo e Frosinone (1-1). A equipa de Turim está a dez pontos da liderança partilhada de Fiorentina e Inter.
Os jogadores mais experientes do plantel – casos de Buffon e Evra – apelam a um resultado positivo na Liga dos Campeões que sirva como alavanca para empurrar a Juventus para o seu verdadeiro patamar. A contrastar com o pesadelo doméstico o clube italiano impressionou no primeiro encontro da fase de grupos, na visita ao Etihad, onde bateram o Manchester City por duas bolas a uma. Mandzikic e Morata marcaram para os italianos e Chiellini marcou na própria baliza, a favor dos ingleses.
Sami Khedira está de volta à convocatória, o que é uma boa notícia. Mas Mario Mandzukic e Claudio Marchisio estão ambos descartados por lesão. Stephan Lichtsteiner recuperou dos problemas respiratórios e volta a ser opção.
Onze Provável: Buffon – Lichtsteiner, Bonucci, Chiellini, Evra – Cuadrado, Lemina, Pogba – Morata, Hernanes, Dybala.
No sábado, o Sevilla garantiu a primeira vitória na Liga Espanhola (3-2) e escapou assim ao fundo da tabela. O Sánchez Pizjuán voltou a festejar e foi um desanuviar importante para os homens de Unai Emery. Foi Nenoit Trémoulinas a empurrar a equipa para a frente e apesar de não ter marcado esteve nos lances que Kevin Gameiro e Steven N’Zonzi concretizaram ainda antes do intervalo. No segundo tempo o Rayo Vallecano deu luta e conseguiu reequilibrar o marcador, com os tentos de Bebé e Javi Guerra. Acabou por ser Konoplyanka, vindo do banco, a marcar o golo do triunfo, a quatro minutos do fim.
O Sevilla ocupa a décima sexta posição, com cinco pontos ao fim de seis jornadas (1V/ 2E/ 3D).
À semelhança do próximo adversário, também os Blanquirrojos conseguiram fazer no primeiro jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões o que lhes ia escapando no campeonato: uma exibição sólida e um resultado que não deixa dúvidas. O Borussia Monchengladbach foi de Sevilla com as mãos a abanar e os da casa garantiram três preciosos pontos num grupo onde vai ser muito complicado sobreviver.
Emery tem algumas limitações devido a lesão. Banega, Escudero, Carriço, Kakuta e Rami não estão disponíveis. Vitolo e Llorente, com mazelas musculares, também ficaram em Espanha. O departamento médico desaconselhou a utilização destes últimos e o Sevilla prefere tê-los a cem por cento para sábado, altura em que recebe o Barcelona.
Onze Provável: Sergio Rico – Coke, Andreolli, Kolodziejczak, Trémoulinas – N’Zonzi, Krychowiak – Reyes, Konoplyanka, Krohn-Dehli.
Juventus e Sevilla nunca se defrontaram antes mas os espanhóis têm recordações memoráveis das mais recentes visitas a Itália. Em Turim, precisamente, Emery e seus homens conquistaram, frente ao Benfica, o segundo título consecutivo da Liga Europa. E na temporada anterior foi frente a outro clube italiano, a Fiorentina, que conseguiu a passagem à final da mesma prova.