Trujillanos – São Paulo (Taça Libertadores)
Uma autêntica final para o São Paulo. Os pupilos de Edgardo Bauza viajam altamente pressionados até à Venezuela, na sequência do desaire no clássico com o Palmeiras. O futuro da formação brasileira na Libertadores 2016 passa pelo estádio José Alberto Pérez, na cidade de Valera.
Na terceira posição do grupo 1 à entrada para esta terceira jornada, o “tricolor Paulista” joga uma cartada decisiva na deslocação à Venezuela. Diante do Trujillanos, equipa que ainda não pontuou nesta edição da Libertadores, o São Paulo quer vencer para ganhar terreno na luta pelo acesso à próxima fase. Na partida da segunda jornada, diante do River Plate, o conjunto brasileiro empatou a um golo no Monumental Nuñez. Depois de travar o campeão em título, quer triunfar pela primeira vez na presente edição da competição.
O São Paulo tem atribuído total prioridade à disputa da fase de grupos da Copa Libertadores. No último fim-de-semana, Bauza abdicou de usar vários elementos que habitualmente integram o onze habitual. Ainda que tenha sido disputado o “Choque-Rei” no Pacaembu, os elementos da equipa titular em Buenos Aires foram quase todos poupados. Calleri, utilizado na deslocação a casa dos “Millo”, foi uma das excepções. O avançado argentino vai cumprir suspensão nesta partida frente ao Trujillanos e tudo indica que Alan Kardec ocupe o posto na frente de ataque. Michel Bastos lesionou-se no decorrer do “choque-rei” e também desfalca a equipa à entrada para este encontro, avolumando a lista de lesionados na qual já constavam Breno, Wesley e Wilder.
Ainda que a equipa técnica dê claramente prioridade a disputa da Libertadores, para os adeptos, a derrota (0-2) no clássico diante do Palmeiras não é fácil de digerir. O desaire diante do “Verdão” aumenta a responsabilidade do São Paulo na hora de encarar esta partida. A equipa entra em campo pressionada, ciente de que não há margem para errar. Vai ser o primeiro de dois encontros consecutivos diante do conjunto venezuelano. Lugano, experiente central uruguaio, foi sucinto na hora de abordar este duplo compromisso: “Se errar, já era”.
Onze Provável: Denis, Bruno, Lugano, Maicon, Carlinhos, Mena, Thiago Mendes, Hudson, Centurión, Paulo Henrique Ganso, Alan Kardec
Sem qualquer ponto conquistado nas primeiras duas rondas da fase de grupos da Libertadores, o Trujillanos é o “outsider” do grupo 1. A equipa venezuelana perdeu os dois encontros que disputou, sucumbindo em casa diante do River Plate (0-4) bem como na deslocação à Bolívia para enfrentar o The Strongest (2-1). Em 10 partidas caseiras, o Trujillanos só perdeu frente ao conjunto argentino. Ainda que não figure entre o lote de candidatos à passagem, tal facto não invalida que o Trujillanos tenha uma palavra a dizer nas contas finais. É um emblema que não está habituado a competir na prova mais importante de clubes da América do Sul, sendo que nos últimos anos tem acumulado passagens pela Copa Sudamericana. A este nível, a experiência é um factor que se reveste de grande importância.
Ainda que não acalente grandes esperanças, o Trujillanos entra em campo com os indíces de motivação elevados. A última jornada do Apertura venezuelano ficou marcado pela reviravolta dos “aurimarrones”, que conseguiram triunfar por 2-1 na receção ao Zulia graças a um golo à beira do apito final.
Onze Provável: Héctor Pérez, Galileo del Castillo, Manu Granados, Ismael Paez, Luiryi Erazo, Johan Osorio, Gerardo Mendoza, Maurice Cova, Francis Sosa, James Cabezas, Rúben Rojas
É o “tudo ou nada” para o São Paulo, formação que aposta todas as fichas neste encontro. O inesperado desaire frente ao The Strongest, em casa, coloca o “tricolor Paulista” em cheque. Um verdadeiro teste ao “estofo” da equipa de Bauza.
