Suécia – Dinamarca (Euro 2016)
Clássico nórdico no “play-off” de acesso à fase final do Euro 2016. Há muito mais em jogo que a presença na maior competição de seleções à escala continental, ou não estivéssemos a falar de duas nações rivais no plano futebolístico. É simultaneamente uma questão de orgulho. Por esta altura, relativamente à qualificação, as casas de apostas atribuem quotas com valor semelhante a ambas as seleções, situação que espelha o equilíbrio que se antevê neste duplo compromisso. A Friends Arena, em Solna, acolhe a primeira mão de uma eliminatória que se antevê tudo… Menos amigável.
Após ter falhado a qualificação para o último Mundial aos pés da seleção portuguesa, a Suécia volta a marcar presença num “play-off” de acesso a uma grande competição. Desta feita medirá forças com a Dinamarca, congénere que, curiosamente, também enfrentou Portugal nesta fase de qualificação.
À partida para esta qualificação, Rússia e Suécia surgiam como principais candidatas a garantir o apuramento de forma direta no grupo G. Perante uma surpreendente Áustria que terminou a participação no grupo sem qualquer derrota, os suecos tiveram que se conformar com a disputa do “play-off”. O terceiro posto, com menos dois pontos que a Rússia, viabilizou o acesso. Cientes do quão difícil é jogar a vida a duas mãos, Zlatan Ibrahimovic e companhia não querem voltar a falhar presença na fase final de uma grande competição. A inspiração do astro sueco será vital para o sucesso do respetivo conjunto, que não consegue fazer golos à Dinamarca há quatro jogos consecutivos.
Os suecos pretendem corrigir o desaire averbado na última receção aos suecos. Em compromisso de apuramento para o Mundial 2010, os forasteiros venceram por uma bola zero. A Suécia chega a este compromisso embalada por duas vitórias de forma consecutiva, nomeadamente frente a Liechtenstein (0-2) e Moldávia (2-0). A única derrota consentida em casa, ao longo da fase de grupos, aconteceu frente à Áustria (1-4).
Na equipa sueca, Pontus Wernbloom é a baixa de maior relevância. O atleta do CSKA de Moscovo deverá falhar os dois jogos do “play-off”. Kim Kallstrom está em duvida, jogador que ontem não treinou devido a uma gastroentrite. Lewicki e Albin Ekhdal também não vão a jogo.
Onze Provável: Isaksson, Lustig, Granqvist, Antonsson, Olsson – Larsson, Khalili, Kalsstrom, Zengin – Guidetti, Ibrahimovic
A Dinamarca, por seu turno, terminou na terceira posição do grupo I, suplantada por Portugal e Albânia. Os dinamarqueses encaram este duelo com motivação e responsabilidade acrescida, uma vez que, em caso de qualificação, o certame marcará o termo da carreira do histórico Morten Olsen à frente desta formação. Na abordagem que realizou à eliminatória, o seleccionador afirmou estar satisfeito com a possibilidade de jogar a segunda mão em casa: “Fico contente com o facto de podermos decidir a eliminatória em casa. É sempre especial jogar perante os nossos adeptos”. Durante a fase de qualificação, a Dinamarca só consentiu uma derrota em casa. Precisamente diante do Portugal, já em tempo de compensação, graças a um golo da autoria de Cristiano Ronaldo. Nos restantes três jogos, venceu por duas vezes (Arménia, 2-1; Sérvia, 1-0) e empatou com a Albânia a zero. Já a jogar fora, à semelhança do que acontecerá nesta primeira mão, a Dinamarca só venceu na Sérvia (1-3). Empatou na Albânia (1-1), na Arménia (0-0) e perdeu em Portugal (1-0).
O jovem prodígio Pione Sisto está lesionado e não poderá dar o seu contributo à equipa.
Onze Provável: Schmeichel – Jacobsen, Kjaer, Agger, Durmisi – Kvist, Hojbjerg, Eriksen, Krohn-Dehli – Eriksen, Braithwaite, Bendtner
A Dinamarca venceu nos últimos quatro confrontos diante da Suécia. As duas últimas em contexto amigável (2014 e 2011) e as anteriores na qualificação para o Mundial 2010. Há cinco jogos que a Suécia não é capaz de fazer qualquer golo no confronto com os dinamarqueses. Antevê-se uma partida equilibrada e nenhuma das duas seleções se deverá prestar a riscos de maior ordem.