Portugal – Coreia do Sul (Mundial Sub-20)
A equipa nacional começou este Campeonato do Mundo de Sub-20 da melhor forma, garantindo uma vitória por 3-2 frente à Nigéria, o outro favorito neste Grupo B da competição. Na segunda jornada, defronta a Coreia do Sul, que também começou a ganhar, podendo os portugueses garantirem, desde já, o apuramento para a fase seguinte da competição.
Portugal completou a primeira jornada com a alegria da vitória, mas também com várias questões para analisar no seu onze. Edgar Borges surpreendeu ao deixar Tiago Ilori de fora e ao optar por um trio de meio-campo sem qualquer criativo. Nesse segundo ponto, poderá compreender-se a vontade de proteger o equilíbrio da equipa, frente a um adversário que detinha um meio-campo muito físico. Mas a equipa sentiu falta de ter um atleta capaz de segurar mais a bola. Seja ele Tozé ou Tiago Silva, o certo é que parece essencial que Portugal apresente um elemento com essas características. Até porque, ao não conseguir ter a bola, mesmo depois de estar a vencer por 2-0, os portugueses cederam o controlo do jogo ao adversário, deixando a nu as imensas fragilidades defensivas. O muito espaço disponível entre o médio mais defensivo e os dois centrais, também mal compensado pela atuação dos laterais, permitiu que a Nigéria estivesse até mais perto da vitória. No entanto, Bruma, foi um elemento de tal forma desestabilizador na frente de ataque, que conseguiu, pela sua ação, ajudar Portugal a somar os três pontos. Na posição mais central, Aladje cumpriu o seu papel enquanto os portugueses foram mais dominadores, perdendo eficácia quando era necessário jogar com maior velocidade no contra-golpe. A entrada de Ricardo Esgaio mostrou, também, que este jogador, não sendo tão explosivo quanto Ricardo Pereira ou Ivan Cavaleiro, revela uma constância exibicional e uma garra competitiva que quase “obrigam” a que seja titular, seja no extremo, seja, mesmo, na lateral direita.
Será, então, de esperar que o selecionador português possa fazer algumas alterações no seu onze, tentando assim apresentar uma equipa mais capaz de manter o equilíbrio durante os noventa minutos, de maneira a somar mais três pontos com alguma tranquilidade.
A Coreia do Sul não encontrou facilidades frente aos desconhecidos cubanos. Durante boa parte do encontro, chegou a parecer possível uma repartição dos pontos, que poderia trazer algumas novidades à análise prévia do grupo. No final, a superioridade do conjunto asiática acabou por materializar-se em golos, mas também ficou demonstrada alguma fragilidade destas duas equipas. Espera-se, no entanto, que Portugal não se deixe enganar por isso. Os coreanos têm uma equipa que defende sempre em harmonia, uma linha de quatro defesas e uma outra com três elementos, sendo que um dos extremos também deverá descer para acompanhar esse momento defensivo. Deixando apenas um elemento em cunha, a Coreia do Sul encontra, muitas vezes, espaço nas laterais para explorar com velocidade. Com a bola a pertencer ao conjunto nacional, será preciso ter em conta que qualquer perda de bola poderá originar um lance de muito perigo para o adversário. O extremo Seung-Woo Ryu e o avançado Suk-Jae Cho serão os elementos que maior perigo poderão criar junto da baliza portuguesa.
Neste encontro, Portugal deverá entrar, uma vez mais, à procura de marcar cedo, tentado construir, a partir daí, uma vitória que lhe garanta o apuramento. A Coreia do Sul, depois de vencer Cuba, procurará apenas mais um ponto para também ficar bem perto de ter um lugar nos oitavos-de-final, tendo em conta que os melhores terceiros também terão acesso. Isso poderá levar a que a equipa asiática se feche mais na defensiva, dificultando o trabalho dos portugueses. Mas não retirando o favoritismo na partida a Bruma e companhia.
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