Panamá – Estados Unidos (Gold Cup)
Favoritas ao acesso aos quartos de final a partir do grupo D, as seleções de Panamá e Estados Unidos estiveram à altura das expectativas e só precisaram de duas jornadas para assegurarem as respetivas vagas na fase a eliminar. Nesta última ronda, norte-americanos e panamianos vão lutar pela liderança do grupo.
A evolução da seleção do Panamá nos últimos anos tem sido clara. Os “Canaleros” foram a única seleção deste grupo D a marcar presença na fase final do Mundial 2018 e, após o certame, a equipa tem sido progressivamente renovada. Julio Dely Valdés, figura do futebol panamiano, é agora o técnico encarregue pela seleção principal e a participação nesta Gold Cup 2019 corresponde à sua primeira experiência numa fase final de uma grande competição.
No que ao percurso desta equipa diz respeito, o Panamá começou por levar de vencida a congénere de Trindade e Tobago por duas bolas a zero, tentos apontados por Armando Cooper e Yoel Bárcenas, ambos na segunda parte do desafio disputado no Allianz Field. No segundo encontro, frente à seleção de Guiana (estreante na prova), a seleção panamiana também conseguiu confirmar o seu total favoritismo. O encontro chegou a estar empatado a uma bola, mas a superioridade dos “Canaleros” que venceram por quatro bolas a duas nunca esteve em causa ao longo dos 90 minutos. De resto, destaque para o facto de a Guiana ter apontados os seus dois golos na conversão de grandes penalidades.
As principais duvidas no que diz respeito ao onze panamiano residem na frente de ataque, dado que Gabriel Torres e José Fajardo foram titulares no encontro com Trindade e Tobago e, frente à seleção de Guiana, Rolando Blackburn e Abdiel Arroyo foram a jogo.
Onze provável: Luis Mejía, Michael Murillo, Fidel Escobar, Román Torres, Éric Davis, Harold Cummings, Armando Cooper, Yoel Bárcenas, Alberto Quintero, Rolando Blackburg, Abdiel Arroyo
Após dois ensaios acessíveis diante de Guiana (4-0) e Trindade e Tobago (6-0)- tal como demonstram os resultados – a seleção dos Estados Unidos discute a liderança do grupo com o Panamá, adversário que tem capacidade para propor aos comandados de Gregg Berhalter um desafio totalmente distinto em termos de exigência. O favoritismo está do lado norte-americano, mas as exigências deste encontro nada terão que ver com as dos últimos dois.
A equipa da casa tem estado de “mira afinada”. Tyler Boyd, Aaron Long e Paul Arriola já levam dois golos apontados cada, Gyasi Zardes é o melhor marcador da equipa com três e Christian Pulisic, provavelmente a maior referência desta equipa em termos individuais, também fez o “gosto ao pé” no encontro com Trindade e Tobago. Sem outra pressão que não a de defender o primeiro lugar e sabendo que não se vai cruzar nem com o México nem com a Costa Rica, principais ameaças, a seleção dos Estados Unidos não deverá adotar grande cautela para defender a liderança que atualmente ocupa graças à vantagem nos critérios de desempate, procurando atacar os três pontos.
Onze provável: Steffen, Ream, Long, Lima, Zimmerman, McKennie, Bradley, Arriola, Pulisic, Zardes, Boyd
Perspetiva-se um encontro nivelado, ainda que a balança penda para o lado da seleção dos Estados Unidos.
