Novak Djokovic – Roger Federer (Wimbledon)
Depois das duas fantásticas semifinais de sexta, teremos o jogo do título por que todos ansiamos. Djokovic bateu Gasquet em sets diretos para chegar à quarta final de Wimbledon, de forma autoritária. Mas rapidamente passou para segundo plano dada a masterclass a que assistimos na partida seguinte. Murray esteve ao seu melhor só que Federer foi imparável. Prestes a cumprir trinta e quatro anos, o sete vezes campeão de Wimbledon vai à décima final no All England Tennis Club e se repetir o nível pode tornar-se o tenista mais velho a conquistar o título do Major Britânico.
Ao início da tarde de sexta-feira, Novak Djokovic carimbava a sua superioridade sobre Richard Gasquet, por três sets sem resposta (7-6, 6-4, 6-4). O momento decisivo desta meia-final foi o tie break que decidiu o primeiro parcial. De um momento para o outro o 2-2 passou a 7-2, com vantagem para o sérvio. Nas palavras do virtuoso francês, “ele nunca falha e por isso é que é o número um do mundo”. Verdade. O que mais se pode dizer acerca do ténis de Nole? Desconfiar sempre quando parece perdido ou desconcentrado, ele vai aparecer e aí, cuidado. Apesar de uma sucessão de erros a meio do primeiro set, que permitiram a Gasquet uma disputa equilibrada, na altura em que era necessário foi demolidor. No segundo set começou a castigar o francês com a direita prodigiosa que lhe conhecemos. A confiança estava a subir e a partir daí não havia escapatória. Mesmo tendo solicitado tratamento para o ombro em duas ocasiões, o jogo continuou dominador até ao fim.
Será a quarta nos Championships para Djokovic, no mesmo court onde já dois títulos do Major Britânico, em 2011 frente a Nadal e no ano passado frente a Federer. O vencedor do Open da Austrália pode assim acumular o segundo Grande Slam do ano, se ganhar no domingo.
Apesar das muitas reações inflamadas à exibição de Roger Federer no Central Court na sexta-feira, faltam palavras para descrever a genialidade e o privilégio que foi vê-lo derrotar Andy Murray em sets diretos (7-5, 7-5, 6-4). Fiquemo-nos pelo testemunho do próprio. Depois de ter dominado em absoluto a modalidade durante seis anos e ter contruído um palmarés inimaginável para o ténis masculino, o suíço afirmou ontem ter feito uma das melhores exibições da sua carreira. Escolher uma entre as mil duzentas e sessenta e nove que teve no circuito mundial, com dezassete títulos do Grand Slam pelo meio, dá uma ideia do nível de ténis exibido. Até o adversário, admitindo frustração por ter perdido apesar de ter feito tudo o que era suposto e tê-lo feito bem, não deixou de reconhecer que Federer esteve inabalável e que mereceu ganhar. O número dois mundial colocou setenta e seis por cento de primeiros serviços e venceu oitenta e quatro por cento desses pontos. O serviço esteve impressionante do princípio ao fim, muito forte e colocado, a procurar as linhas, fosse a central ou abrindo o ângulo para as laterais, nunca dando oportunidade para Murray ganhar embalo. Registe-se que Roger enfrentou apenas um ponto de break em todo o encontro, e isso que tinha pela frente um dos melhores da modalidade a responder ao serviço.
Federer prepara-se para a sua décima final em Wimbledon e o sonho de conquistar o seu décimo oitavo troféu num Grand Slam está bem vivo. Ele sabe da dificuldade. Do outro lado da rede está o homem que domina o ténis atual e que nos anais da história concorrer pelo lugar de melhor de sempre. Mas o velhote acredita e provou na meia-final que está ai para as curvas. O registo oficial do ATP World Tour dá vantagem mínima ao suíço nos confrontos diretos – vinte contra dezanove do sérvio. Federer venceu o primeiro dos três embates da temporada, no Dubai, Djokovic os restantes, nos Masters de Indian Wells e Roma. Sempre ficou claro que Roger é um dos poucos homens no ativo que têm algum ascendente em court sobre Nole, embora isso não se constate em partidas à melhor de cinco sets.
2015 | Rome | Djokovic | 2 | 6 | 6 | F | ||||
Federer | 0 | 4 | 3 | |||||||
2015 | Indian Wells | Djokovic | 2 | 6 | 6 | 6 | F | |||
Federer | 1 | 3 | 7 | 2 | ||||||
2015 | Dubai | Federer | 2 | 6 | 7 | F | ||||
Djokovic | 0 | 3 | 5 | |||||||
2014 | Masters Cup ATP | Djokovic | 1 | F | ||||||
Federer | 0 | |||||||||
2014 | Shanghai – Masters | Federer | 2 | 6 | 6 | SF | ||||
Djokovic | 0 | 4 | 4 | |||||||
2014 | Wimbledon | Djokovic | 3 | 6 | 6 | 7 | 5 | 6 | F | |
Federer | 2 | 7 | 4 | 6 | 7 | 4 |
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