México – Portugal (Torneio de Toulon)
Com o Brasil praticamente apurado para a final do Torneio de Toulon, México e Portugal entram em jogo para discutir o objetivo seguinte, lutando pela presença no jogo do 3º e 4º lugar. Ambas as equipas permitiram que os brasileiros vencessem as partidas disputadas, pelo que resta uma ínfima esperança para estes dois conjuntos.
O México chega a estre encontro sem os defesas Marin Arroyo, do Chivas, e Fuentes Garcia, do Santos. Ambos os jogadores viram o cartão vermelho na partida frente ao Brasil, quando os mexicanos terminaram com apenas nove jogadores em campo, tendo, ainda assim, perdido apenas por 0-1. O conjunto mexicano tinha se apresentado como um forte candidato a repetir a vitória do ano passado, mas frente a um Brasil mais inspirado, não encontrou o caminho para o golo, o que viria a revelar-se fatal para os centro-americanos. Frente a Portugal, espera-se que o onze de Sérgio Almaguer volte a apostar no controlo da bola a meio-campo, procurando através dos extremos mais rápidos encontrar espaços para faturar.
Portugal desiludiu frente ao Brasil, denotando uma série de falhas de concentração que permitiram aos brasileiros chegar à vantagem de dois golos muito cedo. Primeiro que tudo, as mexidas operadas por Edgar Borges não trouxeram nada de positivo à equipa, sobretudo com a saída de João Mário e Tozé, dois jogadores essenciais na circulação de bola lusa, entrando para os seus lugares André Gomes e Tiago Silva. Enquanto o médio benfiquista fica aquém da qualidade de toque de João Mário, Tiago Silva, ou pelo cansaço de uma época muito exigente ou por ter sentido o peso da responsabilidade, esteve sempre muito apagado. Isto acabou por permitir uma subida no terreno por parte dos canarinhos, aproveitando também a desconcentração defensiva, para a qual colaborou o muito vento que se fazia sentir no estádio. Com o primeiro lugar colocado de parte, os portugueses lutarão agora para se superiorizar a México e Nigéria. Depois de utilizado José Sá e Rafael Veloso, Edgar Borges poderá continuar com a sua política de rotações, chamando André Pereira para a baliza. Tomas Dabo e Kiko são os nomes esperados nas laterais, enquanto Frederico Venâncio poderá também ter a sua oportunidade, relegando para o banco um dos Tiagos. No meio-campo, e tendo em conta que os atletas em falta já chegaram, Agostinho Cá, pouco utilizado no Barcelona B, poderá entrar direto no onze, com João Mário e Tozé a retomarem os seus lugares, naquele que parece ser o trio mais forte desta geração portuguesa. Na linha da frente, a opção poderá passar pela chamada de Piqueti para o lugar de Betinho, que esteve muito apagado na partida frente ao Brasil. Ricardo Pereira e Ivan Cavaleiro deverão ocupar os dois lugares restantes no onze nacional.
A equipa mexicana estará ainda à procura do seu melhor momento, e sem dois defesas na lista dos disponíveis, talvez surja um pouco fragilizada nesse setor. Portugal, já com o plantel completo, é candidato a vencer. Mas, para o conseguir, terá que voltar a mostrar a organização e concentração da partida frente à Bélgica. Se atingir esse nível, a vitória será possível.
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