Lyon – Zenit (Liga dos Campeões)
Cerca de duas horas antes de a bola começar a rolar na Luz no embate entre Benfica e Leipzig, Lyon e Zenit dão o pontapé de saída no grupo G da Liga dos Campeões 2019/20.
O Lyon inicia o seu percurso na “liga milionária” a jogar em casa, na moderna Groupama Arena, diante do Zenit de São Petersburgo. Um ano depois de ter ultrapassado a fase de grupos, o conjunto gaulês quer repetir a façanha e a verdade é que tem toda a legitimidade para ambicionar esse objetivo.
Olhando para as mudanças que se verificam no Lyon em relação à temporada passada, primeira grande nota para a alteração na liderança da equipa. Bruno Genésio deixou o clube e o brasileiro Sylvinho ocupou o seu lugar, naquela que é a primeira grande aventura como treinador principal. O estilo da equipa, no entanto, não sofreu alterações – o Lyon continua a ser uma equipa que privilegia um estilo de futebol ofensivo no 1x4x3x3 do técnico “Canarinho”. Em termos de mexidas no plantel, em Lyon já não moram Fekir, Ndombele e Mendy, três jogadores importantes na manobra da equipa. Joachim Andersen, Koné, Reine-Adélaide, Thiago Mendes e Jean Lucas foram as principais contratações para a nova época.
Na estratégia de Sylvinho, destaque para a qualidade do trio ofensivo habitualmente composto por Depay, Traoré e Dembelé. Se Depay é o elemento mais mediático da equipa, a verdade é que a influência do médio Aouar não pode ser descartada.
Equipa munida de bons desequilibradores, rápida no ataque e perigosa em transição, o Lyon fez 12 golos em cinco jogos oficiais até então. No entanto, o “reverso da medalha” surge no espectro defensivo – há muito a melhorar e os dois golos sofridos na visita a Amiens da última sexta-feira são prova disso mesmo. De resto, Denayer e Marçal, soluções para o setor mais recuado, estão ambos em duvida.
Onze provável: Anthony Lopes, Dubois, Andersen, Denayer, Koné, Tousart, Rene-Adelaide, Aouar, Traoré, Depay, Dembele
De entre os “cabeças de série” (emblemas que integravam o pote 1), o Zenit era, sem margem para duvidas, o adversário mais “simpático”. Neste grupo que se antevê muito equilibrado, tudo poderá acontecer à equipa russa que por esta altura domina o seu campeonato doméstico com os mesmos 20 pontos que o Krasnodar, resultado de seis vitórias, dois empates e uma derrota.
Campeão russo volvidos quatro anos, o Zenit regressa também a uma edição da fase de grupos da Liga dos Campeões. Sergei Semak é o técnico de uma equipa que atua tendencialmente em 1x4x4x2 e possui unidades muito interessantes. A grande aposta para a nova época foi a contratação de Malcom, presumivelmente titular no apoio a goleador iraniano Azmoun e ao “gigante” Artem Dzyuba. Driussi é outro jogador que desempenha um papel importante em termos ofensivos, ao passo que Barrios, sobretudo, é o jogador de maior contenção no setor intermediário. Atrás, Ivanovic lidera uma linha que conta habitualmente com as referências Smolnikov e Rakitskiy, ao passo que Douglas Santos, uma das contratações para a nova época, deverá atuar à esquerda.
A equipa do Zenit vale sobretudo pela consistência defensiva, tanto que encaixou apenas quatro golos em nove jogos no campeonato russo. No ataque, além da qualidade nas bolas paradas, o Zenit é uma equipa que procura jogar direto, sem grandes rodeios, aproveitando a capacidade de Azmoun a explorar os espaços e as virtudes físicas de Dzyuba.
Onze provável: Lunev, Smolnikov, Ivanovic, Rakitskiy, Santos, Barrios, Ozdoev, Malcom, Azmoun, Dzyuba
Em casa, o Lyon vai assumir as despesas do jogo e procurar desmontar a organização defensiva do Zenit. Não será fácil penetrar o “bloco russo”, pese embora a qualidade dos dianteiros do Lyon.
