João Sousa – Damir Dzumhur (Roland Garros)
João Sousa estreia-se em Roland Garros frente a Damir Dzumhur, septuagésimo terceiro do ranking ATP. O tenista português beneficia no Open Parisiense do estatuto de cabeça-de-série, o que lhe permite evitar pesos pesados nas rondas iniciais, uma vantagem que lhe advém de estar no top-30. Mas este adversário pode ser um presente envenenado já que Sousa perdeu os dois encontros anteriores com o bósnio.
Com a atualização do ranking, esta segunda-feira, João Sousa caiu uma posição, para o vigésimo nono lugar. Ainda assim, permanece dentro do top-30, estatuto que faz uma enorme diferença no sorteio dos quadros principais das provas do Grand Slam. Com algumas desistências de jogadores mais cotados – as mais significativas foram a de Roger Federer e Gael Monfils, por exemplo – o tenista vimaranense entra em Roland Garros como vigésimo sexto cabeça-de-série, o que lhe permite evitar os outros pré-designados nas rondas iniciais.
O sorteio ditou que na primeira ronda vai enfrentar o septuagésimo terceiro do mundo, Damir Dzumhur. Apesar do lugar que ocupa atualmente na hierarquia, o bósnio pode ser um presente envenenado já que Sousa nunca saiu vencedor dos dois embates que teve com ele. Ainda assim, é acessível. Pelo menos é melhor do que bater de caras com Novak Djokovic, como aconteceu ao português no jogo inaugural de há dois anos. Na edição anterior Sousa cruzou o caminho de Vasek Pospisil (6-3, 7-6, 6-1) e Andy Murray (6-2, 4-6, 6-4, 6-1), caindo na segunda ronda, às mãos do escocês.
O português, que está a fazer uma temporada de terra batida muito combativa. (Quem diria que um dia a terra batida ficaria ligada a um dos pontos altos da sua carreira?) Chegou à segunda ronda em Monte Carlo, altura em que foi afastado por Benoit Paire (6-4, 6-3) mas foi sem dúvida a prestação no Masters de Madrid que proporcionou o salto no ranking. João sousa eliminou Marcel Granollers (6-3, 6-3) e Jack Sock (6-1, 6-7, 6-2) antes de medir forças e perder com Rafael Nadal (6-0, 4-6, 6-3) nos quartos de final do Mutua Madrid Open. No Masters de Roma aguentou até à segunda ronda (foi batido por Dominic Thiem pelos parciais de 6-3 e 6-2) e na semana seguinte foi finalista no Open de Nice, onde cedeu diante do adolescente alemão, Alexander Zverev (6-4, 4-6, 6-2).
Damir Dzumhur também tem jogado bastante nesta temporada de terra batida mas as circunstâncias são diferentes. O lugar setenta e três do ranking tem forçado o tenista da Bósnia-Herzegovina a jogar as qualifyers do torneios ATP. Mesmo que caia nas primeiras rondas já leva dois ou três partidas da qualificação nas pernas.
No Masters monegasco o bósnio alcançou os oitavos de final, só saindo de cena quando mediu forças com Milos Raonic (6-3, 4-6, 7-6), tendo na ronda anterior eliminado o checo Tomas Berdych (6-4, 6-7, 6-3). Isto chega para se perceber a qualidade deste tenista. Fez também os quartos de final no ATP de Istambul, onde foi afastado por Diego Schwartzman (5-7, 7-6, 6-2). Mas no Masters de Roma caiu à primeira (do quadro principal), às mãos de Jeremy Chardy (2-6, 6-4, 6-2) e em Nice não passou do qualifying.
No ano passado aguentou até à terceira ronda no Roland Garros. Eliminou Youzhny (6-2, 6-1) e Baghdatis (6-4, 6-3, 4-6, 6-2), antes de ser mandado para casa por Roger Federer (6-4, 6-3, 6-2). Significa que tem pontos importantes a defender em Paris.
2013 | Challenger de Kosice | Dzumhur | 2 | 6 | 6 | R16 | |
Sousa | 0 | 0 | 4 | ||||
2010 | Taça Davis | Dzumhur | 2 | 4 | 6 | 6 | |
Sousa | 1 | 6 | 4 | 1 |
Dzumhur venceu os dois confrontos que teve com Sousa, embora o mais recente já tenha sido há três anos, no circuito de Challergers. O primeiro embate entre ambos aconteceu na Taça Davis, já em 2010.