Gil Vicente – Porto (Taça de Portugal)
O Porto, atual detentor da Taça de Portugal, joga o acesso às “meias” da atual edição da prova em Barcelos, frente ao Gil Vicente. Quem vencer, medirá forças com o vencedor do embate entre Braga e Santa Clara.
Análise Gil Vicente
O Gil Vicente tem uma “montanha para escalar” nos quartos de final da Taça de Portugal 2020/21, dado que do outro lado da “barricada” está o Porto, atual detentor do troféu e naturalmente favorito a alcançar a decisão. Para chegar até esta fase da competição, sempre já com Ricardo Soares ao leme, o Gil Vicente começou por eliminar o Oleiros, formação do Campeonato Nacional de Seniores que adiou a decisão até à marcação de grandes penalidades. Na ronda seguinte, os “gilistas” voltaram a impor-se a uma equipa do Campeonato Nacional de Seniores, o União de Leiria, no Magalhães Pessoa. Por fim, já nos “oitavos”, o Gil Vicente teve que fazer “horas extra” mas conseguiu mesmo eliminar o Académico de Viseu com um triunfo por três bolas a duas após prolongamento.
No campeonato, a situação do Gil é tudo menos confortável, dado que a formação barcelense segue no 16º lugar com 13 pontos conquistados em 15 desafios (três vitórias, quatro empates e oito derrotas). Os “gilistas” apresentam o pior ataque da competição com apenas 10 golos marcados, sendo que, até ver, permitiram que os adversários “atirassem” a contar em 17 ocasiões. Sem qualquer vitórias nos últimos quatro encontros do campeonato e apenas um ponto conquistado, o Gil encara o Porto na sequência de dois desaires, ambos por uma bola a zero, o primeiro frente ao Marítimo, o segundo diante do Braga. Na visita à Pedreira em encontro disputado na terça-feira (26), a resistência dos pupilos de Ricardo Soares durou até ao minuto 73, altura em que Iuri Medeiros “desbloqueou” o encontro, isto já depois de Paulinho ter falhado uma grande penalidade.
O Gil não atravessa o melhor momento, mas já provou na atual campanha que tem capacidade para produzir mais e melhor do que a atual posição na tabela pode indicar. A um só jogo, a eliminar, o Gil de tudo fará para criar dificuldades aos “dragões”.
Onze provável: Denis, Nogueira, Rodrigão, Fernandes, Pereira, Mineiro, Goncalves, Talocha, Lourency, Lino, Leautey
Análise Porto
Eliminado nas meias-finais da Taça da Liga pelo Sporting, o Porto aponta agora à manutenção dos dois troféus que conquistou na temporada passada. A Taça de Portugal é, naturalmente, um objetivo para o Porto que, para chegar aqui, deixou pelo caminho Fabril (0-2), Tondela (2-1) e Naacional da Madeira (2-4 a.p.). Os “dragões” passaram por mais dificuldades que o esperado na visita à Madeira e certamente dispensarão levar a decisão para lá dos 90 minutos regulamentares, até porque o calendário vai “apertar” na primeira semana de fevereiro.
Esta visita a Barcelona acontece quatro dias depois de um encontro disputado na outra “ponta” do país, frente ao Farense (0-1), no São Luís. O Porto regressou aos triunfos volvidos dois jogos, mas esteve longe de impressionar pela positiva: Taremi deu vantagem aos portistas na primeira parte e a equipa teve que sofrer bastante para assegurar os três pontos, com o perigo a rondar a baliza defendida por Marchesín em várias ocasiões. Para este encontro da Taça, Conceição promoverá alterações na equipa, como é natural, perspetivando-se que possa lançar Felipe Anderson entre os titulares, brasileiro que esteve durante bastante tempo fora das contas mas voltou a ser opção nos últimos dois desafios. Não se espera, no entanto, uma “revolução” na equipa, até porque o Porto pretende “fechar” a eliminatória nos 90 minutos.
Onze provável: Diogo Costa, Manafá, Pepe, Leite, Zaidu, Uribe, Grujic, Corona, Felipe Anderson, Marega, Taremi
Dica de Prognóstico
Gil Vicente e Porto já se defrontaram esta temporada, no Dragão. A 24 de outubro, um golo de Evanilson decidiu a partida. Na altura, Rui Almeida, entretanto rendido por Ricardo Soares, ainda orientava os minhotos. O favoritismo pende naturalmente para o lado do Porto que, acreditamos, conseguirá resolver o encontro nos 90 minutos, até porque não se perspetivam grandes alterações na equipa.