Gael Monfils – Roger Federer (Roland Garros)
Jogo a não perder este domingo em Roland Garros. Talvez o único em que o suíço arrisca perder os favores da assistência. Federer chega à quarta ronda pelo décimo primeiro ano consecutivo e até agora ainda não cedeu um único set. Monfils atingiu a mesma etapa mas seguiu o caminho mais difícil, como é seu hábito.
Quem vencer este duelo vai medir forçar com o sobrevivente do jogo entre Stan Wawrinka e Gilles Simon. Se o favoritismo se confirmar, será Roger Federer a seguir em frente e aí poderemos assistir a um encontro dos quartos de final entre suíços. Mas existe aqui a possibilidade concreta dos “underdogs” fazerem sensação, e nesse caso a partida da próxima ronda pode vir a ser cem por cento gaulesa.
A temporada de terra batida ficou um tanto ou quanto aquém das suas expetativas. Federer foi campeão em Istambul, onde bateu Pablo Cuevas (6-3, 7-6) e finalista vencido em Roma, por Novak Djokovic (6-4, 6-3). Mas teve saídas precoces em Monte Carlo e no Masters 1000 de Madrid, às mãos de Monfils (6-4, 7-5) e Nick Kyrgios (6-7, 7-6, 7-6), respetivamente. Porém, desde que aterrou em Paris, Federer tem estado imperial. Pode-se argumentar que o nível da oposição ainda não foi o mais exigente, como é natural pela seu estatuto de segundo cabeça de série do torneio. Mas o facto permanece. Nas três rondas que já disputou o suíço ainda não cedeu um único set aos adversários e apenas por uma ocasião não conseguiu evitar uma discussão em tie break. Mais importante ainda é que os seus encontros têm exibido um bom nível de ténis, não só elegante e diversificado, como é sua assinatura, mas também objetivo. Em particular o da segunda ronda, em que teve do outro lado da rede Marcel Granollers (6-2, 7-6, 6-3). Na ronda anterior afastou Damir Dzumhur (6-4, 6-3, 6-2). O bósnio não se deixou deslumbrar por estar diante do seu ídolo de infância e deu boa réplica, tentando até surpreender com as subidas à rede. Federer nunca aliviou a concentração e ficou a aguardar o seu próximo adversário.
Este será, provavelmente, a melhor e última hipótese do veterano de trinta e três anos conquistar o seu segundo título em Roland Garros, dado o sorteio ter colocado os três outros favoritos – Novak, Andy e Rafa – na outra metade do quadro principal.
Gael Monfils é o entertainer do ténis e com ele em campo a espetacularidade e emoção estão garantidas até ao fim. O público de todo o mundo adere a esta figura mas entre o francês e a assistência do Roland Garros há uma verdadeira história de amor. No jogo da terceira ronda, enquanto Cuevas aproveitava uma pausa para ir ao wc, as bancadas do Philippe Chatrier entoavam a Marselhesa. Parecia mais o ambiente da Taça Davis que o tradicional Major Francês. E Monfils absorve essa energia e retribui.
Diante de Pablo Cuevas, como já antes frente a Schwartzman (4-6, 6-4, 4-6, 6-2, 6-3), Le Monf justificou a sua fama de especialista das partidas em cinco sets, no Open de França. Foi a décima terceira vez que o gaulês precisou de esticar um encontro na prova de Paris para o quinto parcial, nenhum outro tenista conta tantas.
Federer ainda leva vantagem confortável nos confrontos diretos (8-4) mas Maonfils saiu vitorioso nos dois mais recentes. Só em Roland Garros, será a quarta vez que medem forças (todas ganhas pelo suíço) e o carinho do público foi dividido entre o filho da casa e o adotado.
2015 | Monte Carlo | Monfils | 2 | 6 | 7 | R16 | ||||
Federer | 0 | 4 | 6 | |||||||
2014 | Taça Davis | Monfils | 3 | 6 | 6 | 6 | ||||
Federer | 0 | 1 | 4 | 3 | ||||||
2014 | Open dos Estados Unidos | Federer | 3 | 4 | 3 | 6 | 7 | 6 | QF | |
Monfils | 2 | 6 | 6 | 4 | 5 | 2 | ||||
2014 | Masters de Cincinnati | Federer | 2 | 6 | 4 | 6 | R16 | |||
Monfils | 1 | 4 | 6 | 3 |
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