Gael Monfils – Aleksandr Dolgopolov (ATP Masters Monte Carlo)
Frente a frente entre dois tenistas que nunca se deram particularmente bem no torneio monegasco. Monfils e Dolgopolov nunca foram além dos oitavos de final e as perspetivas não muito são favoráveis também desta vez. Mas para já há que tentar a passagem à próxima ronda, onde se podem cruzar com Roger Federer.
O homem elástico francês esteve menos espetacular do que o costume na sua estreia em Monte Carlo. Havia dúvidas quanto à sua condição física já que Gael Monfils teve que abandonar o encontro dos oitavos de final de Miami, com Tomas Berdych, a meio do segundo set, quando apoiou mal o pé. Pelo que se viu esta terça em court é possível que o décimo oitavo de ranking ainda esteja com algumas cautelas e não estique demasiado os seus golpes acrobáticos. Facto é que Monfils eliminou Alexey Kuznetsov (4-6, 6-3, 6-4) em quase duas horas de partida. O francês confessou-se aliviado com o desfecho, consciente de ter alternado bons momentos com outros bastante duvidosos, de que os trinta e nove erros não forçados são testemunha. A nota mais positiva é que demonstrou empenho e capacidade para recuperar de uma situação de desvantagem.
O ponto alto da temporada foi a final de Marseille, torneio que perdeu para o compatriota Gilles Simon (6-4, 1-6, 7-6) e onde, curiosamente, tinha ultrapassado Kutznesov na segunda ronda. Gael conta treze triunfos esta temporada e foi derrotado por quatro homens neste mesmo período. Tomas Berdych em dose dupla, em Roterdão (6-1, 6-4) e Miami; Jerzy Janowicz, na segunda ronda do Open da Austrália (6-4, 1-6, 6-7, 6-3, 6-3); Richard Gasquet, na meia-final de Montpellier (6-4, 6-3), e Simon em Marseille.
Aleksandr Dolgopolov também tem como melhor marca no Monte Carlo Rolex Masters a ronda de dezasseis e nas últimas duas edições tem ficado pela segunda ronda. O ucraniano tem vindo a melhorar a sua prestação em court desde o início do ano, que não foi particularmente animador. Em Melbourne foi afastado pelo italiano Paolo Lorenzi logo na ronda inaugural (6-4, 6-3, 6-2), o mesmo acontecendo em Memphis, dessa vez às mãos de Bernard Tomic (6-1, 7-5). Mas a partir de Acapulco, onde chegou aos quartos de final, travado por Kei Nishikori (6-4, 6-4), só perdeu para homens do top-10. Raonic afastou-o de Indian Wells (7-6, 6-4) e Djokovic em Miami (6-7, 7-5, 6-0).
À chegada a Monte Carlo esperava-se que Dolgopolov tivesse dificuldades em ultrapassar a jovem sensação do circuito, Borna Coric. Mas o tenista de dezanove anos esteve pouco feliz e nunca foi capaz de se encontrar com o seu melhor ténis. À inconsistência do croata, o experiente ucraniano respondeu com a sua habitual regularidade (7-5, 5-7, 6-2). Dolgopolov perdeu quase quarenta posições no ranking desde o início da temporada mas agora que pôs os pés na terra está apostado em recuperar algum desse prejuízo. O ucraniano recorreu a variações táticas e de ritmo e às pancadas com efeito para baralhar o adversário, com um ténis mais enquadrado aos pisos rápidos.
Monfils venceu os dois confrontos anteriores, ambos na época de 2013, em pisos sintéticos. Mas se não estiver fisicamente a cem por cento a balança pode inclinar a favor do motivado ucraniano.
2013 | Winston Salem | Monfils | 2 | 7 | 6 | MF | ||||
Dolgopolov | 0 | 6 | 3 | |||||||
2013 | Open da Austrália | Monfils | 3 | 6 | 7 | 6 | 6 | 1R | ||
Dolgopolov | 1 | 7 | 6 | 3 | 3 |
A Bet365 oferece-lhe 50€ de bónus para apostar neste jogo: http://bitly.com/50eurbonus