Espanha – Itália (Mundial 2018)
O jogo decisivo do Grupo G, entre Espanha e Itália, já terá feito correr muita tinta. Aliás, desde o momento em que o sorteio juntou os dois gigantes do futebol europeu que se extrapolaram acontecimentos que daqui poderiam resultar. Ora, o primeiro encontro entre espanhóis e italianos no caminho para a Rússia confirmou todas as expectativas que se alimentavam. A seleção transalpina dominou durante a primeira parte, mas não evitou que fossem os espanhóis a marcar primeiro no início da segunda metade. O empate chegou na marcação de um pénalti e deixou toda a resolução do apuramento para o jogo deste sábado. Sobretudo porque se passaram seis jornadas e, como era de esperar, nem Espanha nem Itália perderam pontos para adversários que, ainda que podendo criar algumas complexidades a adversários mais fortes, não têm capacidades que se compadeçam com o foco que estas duas seleções têm que apresentar para não perder nenhum factor de vantagem possível no confronto final.
A Espanha chega a este jogo com três vantagens. Empatou no terreno do seu adversário, joga, agora, em casa, e tem uma melhor diferença de golos do que os italianos. Essas três vantagens terão que ser, no entanto, jogadas com cuidado, para que não se perca no ritmo do jogo. Por isso mesmo, a Espanha quer controlar este jogo, ao mesmo tempo que não quererá permitir muitas veleidades aos italianos. A construção de ameaças que sirvam para manter a defensiva italiano sob alerta é fundamental, pelo que a chamada de David Villa, a mais surpreendente da convocatória de Julen Lopetegui, faz todo o sentido. Mesmo que o avançado dos New York City não seja utilizado entre os titulares, é um jogador com capacidade para manter vivo o ataque ao último reduto italiano. Ainda assim, outro nome emerge neste início de temporada com capacidade para entrar, de caras, na equipa de Lopetegui. Marco Asensio tem sido figura do Real Madrid e num jogo onde se espera algum espaço para a transição, poderá ser um nome forte para fazer a diferença.
Onze Provável: De Gea – Dani Carvajal, Sérgio Ramos, Gerard Piqué, Jordi Alba – Iniesta, Busquets, Koke – Marco Asensio, Morata, Isco.
Para a Itália, a única solução é a vitória. Ganhar ou preparar-se para enfrentar o play off de acesso ao Mundial. Em Madrid, ainda assim, não será de esperar uma Itália a jogar tudo logo no abrir do encontro. O conjunto de Gian Piero Ventura tentará esperar o erro dos espanhóis, um pouco à imagem daquilo que os seus rivais lhe preparam na partida da primeira volta. De resto, a solidez dos italianos tem sido colocada à prova, mas a resposta vai sendo dada. Tendo já defrontado o Liechstenstein por duas vezes, a Itália terá perdido a oportunidade de conseguir superar os espanhóis na diferença de golos. Os italianos chegam a este jogo na máxima força, sem qualquer ausência de monta, pelo que Ventura poderá formar o seu onze da maneira que melhor pretender para alcançar um resultado histórico: vencer em Espanha e conquistar, dessa forma, bilhete para o Mundial.
Onze Provável: Buffon – Barzagli, Bonucci, Chiellini – Candreva, Verratti, De Rossi, Bernardeschi, Insigne – Belotti, Éder.
Apenas uma vez a Itália venceu em solo espanhol, num jogo amigável disputado em 1949. Ainda assim, é o empate o resultado mais habitual nos confrontos recentes entre as duas seleções.
A Espanha chega, então, ao encontro com uma vantagem que não deverá desperdiçar, mesmo que se fique pelo empate e deixe a decisão para o número de golos marcados até ao fim do apuramento.