Espanha – Holanda (Europeu Sub-21)
Final antecipada do Europeu de Sub-21, um encontro que até poderá vir a repetir-se no jogo decisivo, se Espanha e Holanda continuarem a confirmar a sua superioridade para com os restantes adversários. Diferença, apenas, na efusividade como esse domínio é expresso. Se os espanhóis têm sentido dificuldades e apostam, sobretudo, na paciência como ferramenta para vencer, os holandeses são uma daquelas equipas que “parte a loiça toda” e se afirma com um futebol bonito e concretizador. Grande expetativa para perceber como se comportarão os dois conjuntos, agora que estão apurados para as meias-finais. Será normal que o desejo de evitar a Itália passe pela mente dos dois conjuntos, em algum momento, mas nenhum deles terá garantias que será melhor enfrentar o outro concorrente. Assim sendo, porta aberta para um jogo de ataque e golos.
A Espanha procura ainda os jogadores que melhores sensações transmitam no relvado, sendo óbvio que o conjunto transpira entre o futebol de posse assumido por Thiago Alcântara e o de rompimento mais querido a Isco. No compromisso entre os dois estilos estará a resposta para a vitória espanhola, que também já teve sinais suficientes para entender que Morata é, neste momento, melhor aposta do que Rodrigo. Junto a Tello e Isco, Morata oferece maior combatividade e faro pelo golo, sendo um jogador que gosta de pegar na bola e enfrentar a defesa, enquanto Rodrigo contribui mais para o jogo rendilhado de Thiago. Na linha média, destaque para Illarramendi, que tem sido um poço de força e qualidade na escolha do ritmo de jogo, para além de limpar com eficiência a ofensiva adversária. Com um grupo de jogadores muito poderoso, de onde se lamenta a lesão de Canales para oferecer ainda mais uma opção dourada, Julen Lopetegui terá que vencer esta partida para terminar em primeiro lugar do grupo.
Onze provável: De Gea – Montoya, Bartra, Iñigo Martínez, Moreno – Illarramendi, Koke – Tello, Thiago, Isco – Morata
Tem sido difícil respirar para quem enfrenta a seleção da Holanda neste campeonato. Com um meio-campo e uma frente de ataque cheia de qualidade de cinco estrelas, a equipa laranja dominou quase sempre as partidas disputadas, com apenas a Alemanha a dar-lhe luta durante a segunda parte. No entanto, para as adversidades, Cor Pot tem ainda um banco onde poderia desenhar mais um conjunto criativo e finalizador, pelo que o Plano B está também assegurado. Com Luuk de Jong a segurar os centrais, Ola John e Wijnaldum têm espalhado terror pela frente de ataque, muito bem apoiados em Adam Maher, que é a ponta mais criativa de um triângulo onde van Ginkel e Strootman chegam para todas as encomendas. Apesar de se considerar como uma possível fragilidade do conjunto, a defensiva holandesa tem estado muito bem, com a dupla de Vrij e Martins Indi a aproveitar o conhecimento que trazem do seu clube, Daley Blind a demonstrar experiência na faixa esquerda e van Rhijn a não comprometer no flanco direito. Mesmo bastando o empate para garantir a vitória no grupo, será de esperar voltar a ver os laranjinhas balanceados para o ataque, em busca de um golo que os coloque um passo à frente dos espanhóis na caminhada para a final do torneio.
Onze provável: Zoet – van Rhijn, de Vrij, Martins Indi, D. Blind – Strootman, Maher, van Ginkel – Wijnaldum, de Jong, Ola John.
Um grande jogo em perspetiva, onde é difícil estabelecer um prognóstico, dada a qualidade dos dois conjuntos. Mas se o que foi demonstrado até aqui vale de alguma coisa, a Espanha poderá sofrer golos pela primeira vez e a Holanda terá a possibilidade de terminar, mesmo, em primeiro lugar do grupo.
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