Dinamarca – África do Sul (Jogos Olímpicos 2016)
O equilíbrio foi nota dominante na primeira jornada da fase de grupos do Torneio Olímpico de Futebol, com dois empates sem golos na ronda inaugural. A África do Sul travou a seleção da casa e a Dinamarca também não saiu do nulo diante da equipa iraquiana.
A Dinamarca estreou-se no grupo A com um empate sem golos diante da congénere do Iraque, reflexo do equilíbrio que vigora entre três das equipas que compõem o grupo A. Semifinalista do campeonato da Europa de sub-21, a seleção nórdica chega à fase final dos Jogos Olímpicos com uma equipa numa versão díspar em relação à que se apresentou na competição de sub-21 disputada em 2015, na República Checa. Possui aspirações quanto à passagem aos quartos-de-final, mas a prestação no encontro de estreia ficou muito aquém das expectativas. A Dinamarca até entrou bem no jogo, enviou uma bola ao ferro mas permitiu que o adversário assumisse mais o jogo, criando mais ocasiões de perigo ao longo de toda a partida.
Sem as principais referências que marcaram a campanha no campeonato da Europa de sub-21, a Dinamarca sabe que boa parte das suas aspirações quanto à passagem serão jogadas diante da África do Sul, uma vez que a última jornada colocará o Brasil no trilho do conjunto nórdico. A Dinamarca tem que produzir mais do que aquilo que fez na estreia se quiser seguir para os quartos-de-final da competição.
Onze Provável: Hojbjerg, Edi Gomes, Jakov Mathiasen, Andreas Maxso, Pascal Gregor, Jens Jonsson, Frederik Borsting, Mikkel Desler, Casper Nielsen, Lasse Vibe, Brock-Madsen
A África do Sul foi uma surpresa agradável na primeira ronda. Empatou sem golos frente ao Brasil e, além do resultado positivo que alcançou, patenteou pormenores adocicados que nos permitem antever duas prestações agradáveis nos encontros que faltam. Com o capitão Dolly à cabeça, a seleção africana demonstrou que deve ser tida em conta na luta pelo acesso aos quartos-de-final. Incutiu velocidade no seu jogo, conseguiu boas combinações no último terço e foi capaz de suster o maior ascendente brasileiro apesar de ter ficado reduzida a 10 unidades à passagem do minuto 60. A mobilidade no último terço e a dinâmica na manobra ofensiva serão armas importantes no confronto com a Dinamarca, seleção que apresentou algumas falhas a nível defensivo frente ao Iraque.
Se vimos uma seleção sul-africana muito desiniba na estreia frente ao Brasil, é perfeitamente natural que a expectativa seja elevada para a partida diante da Dinamarca, seleção que está num pedestal mais próximo da África do Sul. Motivada pela boa prestação rubricada e estimulada pelo ponto conquistada frente ao adversário mais temível do grupo A, a África do Sul entra em cena para vencer. A componente física é um aspecto que poderá jogar a favor da seleção africana, bem mais acostumada ao clima que a formação europeia.
Onze Provável: Itumeleng Khune, Eric Mathoho, Abubaker Mobara, Rivaldo Coetezee, Kwanda Mngonyama, Keagan Dolly, Menzi Masuku, Deolin Mekoa, Lebo Mothiba
A avaliar por aquilo que uma e outra equipa fizeram na primeira jornada, a seleção da África do Sul é favorita a vencer. A exibição desinibida diante do Brasil aumenta a responsabilidade da equipa africana, que ao pontuar diante da “Canarinha” deu um passi importante rumo aos quartos-de-final da competição. A Dinamarca terá que fazer melhor do que frente ao Iraque se quiser conquistar um resultado positivo nesta ocasião.