Celta de Vigo – Villarreal (La Liga)
O Celta de Vigo deu importantes “sinais de vitais” nas semanas que antecederam a paralisação da La Liga, tanto que passou o período de confinamento fora da zona de relegação. O Villarreal, emblema com objetivos cimeiros que no entanto atravessava uma má fase, visita o Balaídos nesta jornada de retoma.
Análise Celta de Vigo
Envolvido na luta pela permanência, o Celta de Vigo conquistou 26 pontos nas primeiras 27 jornadas desta La Liga 2019/20, situando-se por esta altura apenas um ponto acima da linha de perigo. A formação do Balaídos passou por vários momentos menos bons na atual temporada, inclusive “depressões” que se consubstanciaram, por exemplo, numa série de dez jogos com apenas uma vitória e uma sequência de cinco desaires consecutivos. Fran Escribá não resistiu à sequência de maus resultados e abandonou mesmo a chefia técnica da equipa, cedendo o seu lugar a Óscar García que se estreou com uma derrota por quatro bolas a uma frente ao Barcelona. Sob a atual orientação, o Celta somou cinco vitórias, o mesmo número de derrotas e oito empates. A mudança aparenta ter surtido um efeito positivo na equipa e, nas semanas que antecederam a interrupção, a esperança foi aumentando no Balaídos em função dos resultados: o Celta atravessava uma série de cinco jogos sem perder, tendo derrotado Sevilha (2-1), Leganés (1-0), empatando com o candidato Real em Madrid (2-2) e somado pontos nas visitas ao Granada (0-0) e ao Getafe (0-0) “de Champions”. O Celta soube reagir e apesar de continuar em posição vulnerável, não pode ser tido como um dos principais candidatos à descida.
Os problemas desta equipa do Celta residem sobretudo no ataque. Defensivamente, os 34 golos sofridos em 27 jogos nem correspondem a um registo negativo, mas o mesmo não se pode dizer em relação ao ataque, dado que o Celta tem menos tentos apontados (22) que o “lanterna vermelha” Espanyol (23), a título de exemplo. De resto, só o penúltimo Leganés (21) marca menos que este Celta que do ponto de vista ofensivo aparenta estar muito dependente de Iago Aspas.
Sérgio Alvárez é a única baixa nos donos da casa.
Análise Villarreal
As semanas que antecederam a interrupção motivada pela pandemia COVID-19 não correram nada bem ao Villarreal, conjunto que perdeu terreno na luta pelo acesso às provas europeias ao ser derrotado nos três encontros que disputou com Atlético de Madrid (3-1), Athletic (1-0) e Leganés (1-2). O “submarino amarelo”, um dos conjuntos mais interessantes do campeonato, desiludiu em três rondas consecutivas em que esteve aquém daquilo que pode e já produziu na atual campanha. Três meses depois, os jogadores da formação à qual o “El Madrigal” serve de casa já terão “limpo a cabeça” e os três desaires em causa não mexem com a equipa do ponto de vista anímico na hora de abordar este embate com o Celta de Vigo.
Ainda que longe dos melhores índices físicos, Javier Calleja quer que o seu Villarreal volte a estar no pedestal em termos exibicionais que já exibiu esta época. Escalonada no seu habitual 1x4x3x3, a equipa da comunidade valenciana viaja até Vigo com o seu estilo habitual, descomplexada, em busca de se chegar à frente privilegiando um futebol vertical, potenciando a qualidade dos recursos com que conta para montar o ataque. Os 44 golos marcados em 27 jornadas colocam o Villarreal como quarto melhor ataque da La Liga, apenas superado por Barcelona, Real Madrid e Real Sociedad. De resto, o Villarreal que se deverá apresentar com um trio ofensivo composto por Moreno – Alcácer e Gómez só ficou em branco por uma vez nos últimos dez desafios que disputou.
Soriano, Guerra e Funes Mori não estão em condições de ir a jogo por lesão, ao passo que Peña está suspenso e Mario Gaspar deverá assumir a titularidade pela direita.
Onze provável: Asenjo, Mario Gaspar, Albiol, Torres, Alberto Moreno, Iborra, Cazorla, Trigueros, Moreno, Gómez, Alcácer
Dica de Prognóstico
Ainda que a três meses de distância, as prestações do Celta pré-confinamento dão azo a algum otimismo na hora de abordar este jogo. Por outro lado, o Villarreal tem capacidade para fazer bem melhor que nos últimos encontros que disputou e, passado tanto tempo, esses mesmos desempenhos negativos certamente não vão afetar a equipa neste desafio.