Japão – México (Taça das Confederações)
Na sua despedida da Taça das Confederações, Japão e México tentarão escapar ao último lugar do Grupo A, não tendo, nenhuma das equipas, sido capaz de contrariar o favoritismo dos seus adversários nesta competição. Ainda assim, foram os japoneses que mais perto estiveram de deixar a sua marca, ao obrigar a Itália a trabalho extra na vitória por 4-3.
O Japão foi capaz de deixar claro o seu modelo de jogo, muito virado para o ataque, tão bem quanto as suas fragilidades. Pressionar alto o conjunto nipónico obriga-os a tentar despachar a bola para a frente com menor critério, algo que os faz perder a intensidade que Honda e Kagawa oferecem, sobretudo quando surgem bem posicionados um pouco à frente da linha do meio-campo. É a partir desse espaço que o futebol do país do sol nascente cria mais perigo e é mais difícil de parar. Com Maeda como referência ofensiva, os japoneses ganham também um elemento lutador entre centrais, o que vai permitindo abertura de espaços e um desgaste mais acentuado. Frente ao México, voltará a passar por aí a aposta do Japão. No momento defensivo, o Japão perde alguma da sua eficácia. A dupla de médios não consegue oferecer uma dimensão física à sua equipa e os dois laterais têm um chip muito mais ofensivo do que capacidade de fechar espaços lá atrás. Para mais, o médio Hasebe viu dois cartões e não estará disponível para este encontro. Na baliza, o guarda-redes Kawashima vai fazendo o que pode para atrasar os golos, mas sete tentos em duas partidas é já uma conta bem alta.
Onze provável: Kawashima – Ushida, Yoshida, Konno, Nagatomo – Endo, Hosogai – Kagawa, Honda, Okazaki – Maeda.
O México será uma das grandes desilusões deste torneio, não tendo sido capaz de alterar o mau momento da seleção na fase de qualificação para o Mundial, mostrando uma melhor cara na Taça das Confederações. Frente a Itália e Brasil, os mexicanos sobressaíram por tentar arrumar o seu onze bem recuado, tentando atrasar a chegada do golo adversário e não dando muitos sinais de procura ofensiva, com Chicharito sempre muito sozinho na frente de ataque e Giovani dos Santos a apresentar uma atitude demasiado individualista. Assim, o que se espera que Jose de la Torre possa impor para este último jogo, onde nada mais há a perder, é uma atitude mais ofensiva, promovendo uma melhor construção de jogo, de maneira a aproveitar as fragilidades apresentadas pelo conjunto nipónico no seu setor mais recuado. Isso poderá fazer com que Aldo De Nigris tenha uma oportunidade neste encontro, funcionando como peça mais fixa na frente, libertando o avançado do Manchester United para explorar o espaço e, quem sabe, conseguir por aí somar os seus primeiros pontos nesta competição.
Onze provável: Corona – Mier, Moreno, F. Rodríguez, Salcido – Torrado – Flores, Herrera, Guardado – Chicharito Hernandéz, Aldo De Nigris.
O Japão apenas venceu o México por uma vez, num jogo amigável, em 1996. Desde aí, em três encontros realizados, foi sempre o conjunto mexicano a sair vencedor, incluído numa partida relativa à Taça das Confederações 2005, único jogo oficial entre as duas seleções.
Japão | 1-2 | México | Confederações 2005 |
Japão | 0-1 | México | Jogos Amigáveis 2000 |
México | 2-1 | Japão | Jogos Amigáveis 1998 |
Japão | 3-2 | México | Jogos Amigáveis 1996 |
Pelo demonstrado até aqui, o Japão mostrou ser um conjunto mais interessante do ponto de vista ofensivo, mas precisará de ter uma capacidade defensiva bem maior se quer vencer o México. Para os mexicanos, esta será uma oportunidade de jogar sem medos, mostrando assim uma faceta que lhe é mais própria nesta competição.
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