O insucesso da seleção argentina na fase final do campeonato do mundo permitia antever o fim da (curta) estadia de Jorge Sampaoli no comando técnico da “albiceleste”. Depois do desaire que ditou a eliminação frente à França, ao contrário daquilo que veicularam alguns meios de comunicação social, o treinador não apresentou a demissão. Por outro lado, os responsáveis do futebol daquele país ainda não se pronunciaram em relação à situação do técnico e a sua continuação tem que ser um cenário a considerar.

Foto: “REUTERS/Carlos Garcia Rawlins”
A desilusão assolou a Argentina durante a participação da seleção na fase final do campeonato do mundo da Rússia. O povo que tanto clamou por Jorge Sampaoli, exige agora a “cabeça” de um técnico ao qual, por esta altura, todas as responsabilidades são imputadas. A imprensa sul-americana apressou-se a apontar nomes como os de Ricardo Gareca (seleccionador do Perú) e Marcelo Gallardo (treinador do River Plate) à sucessão de Jorge Sampaoli, mas à medida que o tempo passa, a certeza de que Jorge Sampaoli permanecerá no cargo é cada vez maior.
Crença no projeto
Há muito que o “sonho” de Jorge Sampaoli treinar a seleção do seu país se tinha convertido em algo do domínio público. No verão de 2017, os responsáveis da AFA fizeram um grande “forcing” junto da direção do Sevilha para poderem passar a contar com os serviços do técnico.
Segundo a imprensa argentina, Daniel Angelici (AFA) propôs um projeto a Jorge Sampaoli que ia para além da tarefa de orientar a equipa principal, assumindo igualmente o papel de coordenador de todas as seleções jovens do país. A confiança nas qualidades de Sampaoli estava nos píncaros, daí que Angelici tenha apresentado um contrato de longa duração ao treinador, válido até ao próximo campeonato do mundo, em 2022, no Qatar. Neste momento, o despedimento do treinador poderá custar mais de 20 milhões de dólares à Federação argentina.
Sampaoli ainda não chegou à Argentina
Os últimos integrantes da comitiva argentina só abandonaram a Rússia esta terça-feira (3), entre eles Jorge Sampaoli. O voo charter fará escala em Portugal para deixar Marcos Acunã e chegará a solo sul-americano na quarta-feira. Segundo o diário desportivo “Olé”, a vontade do treinador passa por permanecer no cargo apesar do insucesso em solo russo, restando perceber a posição da Federação argentina em relação a este tema. A continuidade do treinador deverá ser discutida nos próximos dias e caso a continuidade se confirme, Sampaoli terá que preparar a equipa para a Copa América 2019.
Boas apostas!