Feyenoord – Manchester City (Liga dos Campeões)
A Holanda é a primeira paragem do Manchester City nesta edição da Liga Milionária. Há cinco anos que os Cityzens se tentam instalar como membros de pleno direito da elite do futebol europeu e não é segrego que o investimento em Guardiola foi feito com esse propósito. O Feyenoord regressa à fase regular da Liga dos Campeões ao fim de quinze anos e a julgar pelo arranque de época cem por cento vitorioso não está disposto a ser carne para canhão.
O Feyenoord não ia à fase de grupos da Liga dos Campeões há quinze anos. Esta será uma campanha muito especial para a equipa orientada por Giovanni van Bronckhorst, portanto. A vaga foi ganha com o título da Eredivisie conquistado na temporada passada, deixando para trás os rivais Ajax e PSV. Na época transata os holandeses fizeram carreira na Liga Europa, terminando no terceiro lugar do Grupo A, na esteira de Fenerbahce e Manchester United. Mas surpreenderam ao impor uma derrota à formação de José Mourinho (1-0), quando esta visitou Roterdão. Fica o aviso.
De facto, os jogos em casa são um dos pontos fortes desta formação, que só cedeu pontos frente ao adversário turco (0-1), em dezembro.
A equipa de Van Bronckhorst arrancou a temporada em grande estilo. Venceu os quatro primeiros jogos da Liga Holandesa – com o Twente (2-1) e Willem II (5-0) em casa; Excelsior (0-1) e Heracles Almelo (2-4) fora – marcando doze golos no processo e concedendo apenas três.
Infelizmente, no encontro do fim de semana, em Almelo, o Feyenoord sofreu uma baixa importante. Nicolai Jorgensen teve que ser susbstituído por Michiel Kramer a meio da primeira parte e não estará em condições de alinhar na quarta-feira. O dinamarquês de vinte e seis anos, melhor marcador da Eredivisie na temporada anterior, era um dos trunfos com que Giovanni van Bronckhorst contava para contrariar o favoritismo do City. Além dele também Sven van Beek, Bart Nieuwkoop e Kenneth Vermeer ficam fora por lesão.
Onze Provável: Jones – Diks, Heijden, Botteghin, Haps – Ahmadi, Toornstra, Vilhena – Berghuis, Kramer, Boetius.
Dificilmente o Manchester City podia antecipar melhor antecipação para a estreia na Liga dos Campeões. Vencer o Liverpool seria um objetivo mas golear por 5-0 estava claramente fora das ideias mais tresloucadas. Claro que a expulsão de Sadio Mané a meio da primeira parte, por jogo perigoso num lance que obrigou à saída de Ederson, condicionou muito a reação dos Reds, que por essa altura já estavam em desvantagem. Mas toda a formação do City esteve a alto nível, com destaque para a exibição de Kevin de Bruyne. E quando o belga está embalado esta equipa entra num nível superior. Gabriel Jesus e Sadio Mané – o alemão também teve uma prestação de luxo – fizeram cada um a sua dobradinha. E há que realçar que os Cityzens, a certa altura, levantaram o pé do acelerador, assim como o Liverpool também retirou Firmino, Salah e Wijnaldum. E ainda houve dois golos anulados à equipa da casa por fora de jogo.
Nas últimas cinco temporadas o City têm-se esforçado para se instalar num lugar de pleno direito entre a elite do futebol europeu. O investimento em Pep Guardiola foi feito com isso em mente. Há duas épocas chegou à meia-final e foi afastado pelo Real Madrid. E houve três oitavos neste período, etapa em que foram travados também no ano passado. Lembram-se da espetacular eliminatória com o Mónaco, 5-3 em Manchester e 3-1 no principado?
Considerando essas experiências recentes, a tarefa parece simplificada para o City. Não há neste Grupo F – City, Feyenoord, Shakhtar e Nápoles – um gigante europeu. Na temporada 2015/16, por exemplo, os Cityzens tiveram que se haver com Barcelona, Sevilla e Monchengladbach. Mas a facilidade pode ser ilusória. Ao não haver um peso pesado para impor respeito qualquer um dos outros clubes – com destaque para os italianos, que estão com um jogo forte – vão dar tudo para agarrar uma oportunidade.
Kompany é o único lesionado do plantel. A situação de Ederson ainda não é clara mas não há razão para Guardiola arriscar a sua utilização. Bravo é mais do que capaz de aguentar o forte. Gundogan esteve no banco no fim de semana mas está sem minutos de jogo.
Onze Provável: Bravo – Danilo, Stones, Otamendi – Fernandinho – Walker, Bernardo Silva, De Bruyne, Mendy – Sterling, Jesus.
Este será o primeiro confronto entre as duas equipas.