Ronda inaugural com direito a várias surpresas. De entre as favoritas à vitória final, só a França conseguiu triunfar nesta primeira jornada da fase de grupos, sofrendo mais do que aquilo que se previa para superar a Austrália. A campeã do mundo Alemanha sucumbiu na estreia, ao passo que Argentina e Brasil não conseguiram mais que um ponto. A seleção espanhola, primeira de todas a entrar em campo, foi travada na noite de Cristiano Ronaldo.
O grande choque

Foto: “Heuler Andrey/ Dia Esportivo”
A “maldição” que aparenta afetar os campeões em título não perdoou a seleção alemã. À semelhança do que aconteceu com a Itália em 2010 e com a Espanha há quatro anos atrás, no Brasil, os germânicos não foram capazes de triunfar no jogo inaugural, perdendo por uma bola a zero frente a uma equipa mexicana alcançou uma vitória que precisava urgentemente para fazer com que o público esquecesse a polémica que marcou a fase de preparação para esta fase final.
O México entrou de rompante no desafio e rapidamente se percebeu que a autoridade alemã não travaria as pretensões da equipa tricolor, desinibida, dinâmica e disposta a chegar com perigo à baliza de Manuel Neuer. A tendência natural do desafio obrigou a seleção mexicana a baixar as linhas face à pressão alemã, mas a formação arquitetada por Juan Carlos Osorio viria a beneficiar da descompensação alemã para chegar ao golo ainda na primeira parte.
Furar o bloco mexicano nunca foi tarefa fácil para uma Alemanha que, ao contrário do habitual, não teve discernimento suficiente para tomar as decisões certas, exibindo ainda excesso de egoísmo no último terço do terreno. Os comandados de Low não estiveram nos seus dias e iniciaram a defesa do título com uma derrota, naquela que foi a maior surpresa da competição até então.
Argentina desilude…
A prestação argentina neste primeiro jogo em solo russo ficou muito aquém das expectativas, tanto em termos coletivos como individuais. O físico islandês travou o conjunto sul-americano, incapaz de alcançar mais que um empate a uma bola. Considerar que o penalty falhado do Leo Messi foi o principal motivo para o insucesso da equipa sul-americana é “tapar o solo com a peneira”: a seleção treinada por Jorge Sampaoli não funcionou enquanto coletivo, apresentou lacunas claras sobretudo em termos defensivos e há peças no xadrez “albiceleste” que têm que ser mudadas.
…Brasil também
Em noite de estreia no campeonato do mundo, a “Canarinha” foi incapaz de se exibir ao nível que vinha apresentando na fase de qualificação para a competição. A equipa brasileira, depois de ter estado a vencer graças a um grande lance protagonizado por Coutinho, não foi mais que uma caricatura daquilo que Tite exige. Permitiu que a Suíça crescesse e circulasse com qualidade durante alguns momentos, não foi eficiente na pressão e, em transição, foi praticamente inofensivo. Individualmente, não era a noite de Neymar nem de Gabriel Jesus, jogadores que acrescentaram muito pouco ao jogo.
Se é verdade que o Brasil tem motivos para se queixar de uma irregularidade no golo helvético em função de um empurrão a Miranda, também é certo que a defesa do “Escrete” foi excessivamente passiva na abordagem ao lance.
Quem procura o hexa, tem que produzir bem mais do que isto.
Boas Apostas!