Na Polónia como na Rússia (Taça das Confederações), o desfecho de mais um torneio de seleções obedeceu à velha máxima estabelecida por Gary Lineker – “o futebol são 11 contra 11 e no final ganha a Alemanha”. Neste Euro sub-21 2017, nem uma seleção espanhola pejada de talento foi capaz de sobreviver à máquina alemã, talhada para vencer. Um golo de Mitchell Weiser, jogador do Hertha de Berlim, sentenciou a final de Cracóvia.

XI ideal

Foto: "UEFA"

Foto: “UEFA”

A UEFA apresentou o seu onze de eleição do Euro sub-21 2017 sem jogadores portugueses entre as escolhas. Alemanha, Espanha, Itália e Eslováquia foram as quatro nações representadas das 12 que estiveram a concurso.

De entre os eleitos de Rui Jorge, Bruma foi o jogador que mais fez para poder estar entre os melhores da prova. Autor de três golos, o jogador que neste defeso se transferiu do Galatasaray para o RB Leipzig exibiu-se a grande nível e legitimou presença no onze ideal que será considerado de seguida, num esquema de 1x4x4x2, o mesmo que foi adotado pela UEFA.

Para a baliza, a escolha recai sobre Julian Pollersbeck, guarda-redes campeão da Europa que foi decisivo na decisão através de grandes penalidades na meia-final com a Inglaterra e manteve a sua baliza inviolável na final. As boas prestações já lhe valeram a transferência do Kaiserlautern para o Hamburgo. No quarteto à sua frente, os compatriotas Niklas Stark (no eixo) e Yannick Gerhardt (à esquerda), jogador que se soube reinventar convenientemente para atuar pela lateral canhota, embora também desempenhe funções de médio com competência. Dois espanhóis completam o quarteto mais recuado: a qualidade exibida por Héctor Bellerín tem motivado o forte interesse do Barcelona, legitimando o seu surgimento à direita neste onze, acompanhado de perto por Jesús Vallejo, defesa que foi totalista em quatro dos cinco jogos realizados pela Espanha e pertence aos quadros do Real Madrid.

Se Rudy e Goretzka deram conta do recado ao serviço da seleção alemã vencedora da Taça das Confederações 2017, o mesmo se pode dizer de Maximilian Arnold e Max Meyer, médios que brilharam ao serviço dos sub-21 e certamente fazem parte do futuro da seleção principal. Ainda no setor intermediário, é obrigatório considerar os nomes de Saúl Ñíguez e Dani Ceballos. O primeiro, médio do Atlético de Madrid que dispensa apresentações, levou a Espanha à final ao bater Donnarumma por três vezes na meia-final diante da Itália. O segundo, sem ter inscrito o nome na lista de marcadores nessa partida, deu a marcar e rubricou uma exibição de “encher o olho”, demonstrando que o Bétis tem em si um verdadeiro diamante.

Para a dupla de ataque, além do já considerado Bruma – embora se sinta mais confortável na ala, algo que não é muito relevante neste caso visto que o onze serve meramente para eleger os melhores -, Marco Asensio, a escolha óbvia de um campeão europeu do Real Madrid que esteve em grande plano.

A escolha de apenas 11 jogadores é sempre um exercício algo injusto, por ser extremamente redutor. De fora ficaram jogadores como Davie Selke (Alemanha), Gray (Inglaterra), Deulofeu (Espanha) ou Bernardeschi (Itália), jogadores que merecem uma menção honrosa e têm capacidade para integrar as seleções principais dos respetivos países.

Boas Apostas!