Estados Unidos – Costa Rica (Gold Cup)
O que era o mais esperado encontro da fase de grupos aquando da realização do sorteio terá as doses de emoção e dramatismo esperadas pelos adeptos do futebol norte-americano, já que Estados Unidos e Costa Rica chegam à derradeira jornada do Grupo C empatados no número de pontos, disputando uma verdadeira final para saber quem passará à próxima ronda em primeiro lugar.
Os Estados Unidos são a equipa mais concretizadora da prova, com 10 golos marcados, metade deles pelo ponta-de-lança Chris Wondolowski, que aos 30 anos demonstra internacionalmente a qualidade que vem fazendo dele um dos avançados mais temíveis da MLS. Landon Donovan tem sido a peça fulcral no apoio a Wondolowski, tornando o seu regresso à seleção bem sucedido. Mas outros jogadores têm tido papéis de destaque na equipa norte-americana, como são os casos de José Torres, na primeira jornada, e Stuart Holden. Sem dúvida que é pelos pés destes quatro jogadores que passa a maior qualidade na posse de bola, a maior criatividade e o maior perigo para os seus adversários. Se Jurgen Klinsmann se decidir a utilizar os quatro simultaneamente, a defensiva da Costa Rica terá grandes dificuldades para os parar. Perante a rotação exercida pelo treinador nos dois primeiros encontros, podemos apenas especular sobre as suas escolhas para o decisivo jogo frente à Costa Rica. Oguchi Onyewu, pela segurança e experiência que oferece à equipa, deverá ser opção na defesa, onde poderá, muito bem, ter a companhia de Clarence Goodson. No meio-campo, a utilização de Kyle Beckerman também parece central, dada a estabilidade que o jogador do Real Salt Lake oferece ao onze norte-americano. Na frente, Hérculez Gómez é, ainda, uma possibilidade. Não tendo sido titular em nenhum dos encontros, poderá ser chamado agora, embora a excelente prestação de Wondolowski pareça estar a retirar-lhe algum espaço de manobra. O mais provável é vermos uns Estados Unidos agressivos na posse de bola, com vontade de avançar sobre a defensiva costa-riquenha, que terá neste jogo o seu primeiro teste mais a sério na Gold Cup. Quem melhor sair deste encontro será, sem dúvida, candidato número um a vencer a competição.
O técnico da Costa Rica, Jorge Luís Pinto, tomou uma opção semelhante à dos Estados Unidos, promovendo bastante rotação nos dois primeiros jogos da competição, dada a fragilidade dos seus adversários. Michael Umaña, na defesa, Michael Barrantes, no meio-campo e Jairo Arrieta na frente de ataque têm sido, até aqui, as peças centrais da estratégia costa-riquenha, que surpreendeu pela pouca capacidade de fazer frente ao Belize no segundo jogo disputado. Essa vitória por 1-0, graças a um autogolo, poderá ter marcado negativamente o espírito deste conjunto, que entrará agora em campo com redobrada vontade de surpreender. Será uma tarefa difícil para a Costa Rica, mas fazendo valer a sua candidatura a terceira força do continente, no passado recente, o conjunto orientado por Luís Pinto terá mesmo que provar em campo que tem condições para lutar por uma presença numa fase bem adiantada da Gold Cup.
Existe um grande equilíbrio nos confrontos entre estas duas seleções. No entanto, em jogos da Gold Cup, a Costa Rica nunca conseguiu vencer o seu adversário, registando-se quatro vitórias dos Estados Unidos e um empate nas cinco vezes que ambos se encontraram nesta competição. Será à sexta que a Costa Rica consegue uma vitória?
| Estados Unidos | 1-0 | Costa Rica | WC2014 CONCACAF |
| Estados Unidos | 0-1 | Costa Rica | Amigáveis 2011 |
| Estados Unidos | 2-2 | Costa Rica | WC2010 CONCACAF |
| Costa Rica | 3-1 | Estados Unidos | WC2010 CONCACAF |
| Costa Rica | 3-0 | Estados Unidos | WC2006 CONCACAF |
| Estados Unidos | 0-0 | Costa Rica | Gold Cup ´05 |
| Estados Unidos | 3-0 | Costa Rica | WC2006 CONCACAF |
| Estados Unidos | 3-2 | Costa Rica | Gold Cup ´03 |
| Estados Unidos | 2-0 | Costa Rica | Gold Cup ´02 |
Espera-se uma partida muito emocionante, com os Estados Unidos a passarem por algumas dificuldades, mas a terminarem como vencedores, num jogo em que entram como favoritos. Atenção, no entanto, à capacidade dos costa-riquenhos para criarem dificuldades aos jogadores dos States. Isso poderá levar a um empate ou, até, a uma grande surpresa no fecho da fase de grupos da Gold Cup.
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