Costa Rica – Estados Unidos (Gold Cup 2017)
Para garantir presença na décima final da competição, os Estados Unidos terão que vencer Los Ticos. Para a Costa Rica chegar à meia-final já foi o romper de um patamar psicológico, já que foi tinha caído nos quartos nas três edições anteriores. Mas agora a final e o título ficam a dois passos e tudo é possível. Até agora as duas formações cumpriram os seus objetivos sem impressionar.
A Costa Rica venceu três vezes a Taça CONCACAF, a prova que antecedeu a Gold Cup. Mas desde que a competição adquiriu este formato não voltou a ser bem-sucedida nesse intento. O mais próximo que esteve foi a final de 2002, perdida, precisamente, para os norte-americanos. Até esta etapa, o percurso destes dois semifinalistas é muito semelhante. Ambos estão ainda invictos e venceram o respetivo grupo. Alcançaram os objetivos imediatos, sem dúvida, mas deixaram muito a desejar do ponto de vista do futebol exibido. A seleção costarriquenha só cedeu pontos frente ao Canadá (1-1), ainda na fase de grupos. Nos quartos de final beneficiou de um autogolo de Aníbal Godoy – na marcação de um livre que resulta de uma falta cometida pelo mesmo defesa – para deixar para trás o Panamá. Verdade seja dita, os panamianos também não estavam a fazer muito para vencer a partida. A força de ambos era a defesa e Los Ticos levaram a melhor nesse departamento.
Onze Provável: Pemberton – Salvatierra, González, Manley, Acosta – Calvo, Tejeda – Guzman Pérez, Bryan Ruiz, Ramírez – Urena.
Bruce Arena continua invicto na segunda passagem pelo cargo de selecionador dos Estados Unidos, essa é que é essa. Sim, não está a deslumbrar e a mente do técnico está claramente mais virada para esse objetivo: não perder.
A equipa norte-americana não impressiona e deixa quase sempre a impressão que escapa por entre os pingos da chuva. Foi o caso, mais uma vez, do jogo dos quartos de final. Os Estados Unidos sofreram com a abordagem muito física e agressiva de El Salvador (2-0). Muitas faltas assinaladas, o jogo muito mastigado e com frequentes interrupções: os anfitriões não conseguiam pegar no jogo. Mas aos quarenta e um minutos Omar González faz o primeiro e nos descontos Eric Lichaj estreia-se a marcar, permitindo a ida para o intervalo com uma vantagem que caiu do céu. A partir daí tudo ficou mais fácil. Os Estados Unidos não voltaram a marcar e continuaram a ter dificuldades. Mas a quebra física dos adversários, pagando o preço pela intensidade do primeiro tempo, aliada aos golos no marcador, dava conforto. Arena fez onze mudanças no onze, introduzindo na equipa os veteranos que arregimentou para a fase a eliminar da Gold Cup: Tom Howard, Michael Bradley, Clint Dempsey e Josy Altidore.
Todo o grupo sabe que vai ter que melhorar se a meta continua a ser a vitória na competição. É de esperar um pouco mais de entrosamento dos recém-chegados, agora que tiveram mais uns dias para entrar no ritmo.
Os Estados Unidos também ainda não perderam. Venceram o grupo com os mesmos pontos que o Panamá mas com melhor registo de golos.
Desde que a Gold Cup existe os Estados Unidos só por uma vez não chegaram até às meias-finais, em 2000. Se o jogo de sábado, madrugada de domingo em Portugal, correr como esperam, vão à décima final da prova. É uma responsabilidade grande, considerando que falhar o jogo do título, há um ano, foi a falta sem redenção que ditou o afastamento de Klinsmann.
Onze Provável: Howard – Lichaj, Hedges, González, Morrow – Arriola, Bradley, Zardes – Dempsey, Nagbe, Altidore.
Costa Rica
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4-0 |
Estados Unidos
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Mundial 2018 (Q)
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Estados Unidos
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4-0 |
Costa Rica
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Copa América 2016
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Estados Unidos
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0-1 |
Costa Rica
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Amigáveis 2015
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Costa Rica e Estados Unidos voltarão a encontrar-se no primeiro dia de setembro, em solo norte-americano, para o segundo confronto da qualificação para o Mundial 2018. Em novembro do ano passado, em casa, os costarriquenhos venceram com quatro golos sem resposta. Mas uns meses antes, na Copa América Centenário, o resultado foi o mesmo mas a favor da outra equipa.