O primeiro objetivo da seleção francesa está cumprido. A seleção vice-campeã da Europa já se encontra apurada para os oitavos-de-final do campeonato do mundo depois de ter vencido os dois primeiros desafios que disputou. Apesar de ainda estar muito longe daquilo que se espera, a seleção francesa melhorou ligeiramente do primeiro para o segundo desafio.

Foto: “FRANCK FIFE / AFP”
A seleção francesa estreou-se no campeonato do mundo com uma vitória pouco convincente frente à Austrália por duas bolas a uma. Os gauleses ficaram muito aquém do esperado tanto do ponto de vista coletivo como individual mas conseguiram cumprir o principal objetivo.
No primeiro desafio, Dider Deschamps optou por apostar em Tolisso, jogador que partilhou o setor intermediário com Kanté e Pogba. Na frente de ataque, para além de Griezmann e Mbappé, esteve Ousmane Dembelé. Nenhum destes elementos esteve em particular destaque, a equipa sentiu muitas dificuldades para ligar jogo com o avançado Antoine Griezmann, autor do primeiro tento gaulês na conversão de uma grande penalidade. Paul Pogba esteve envolvido no lance do segundo golo, mas a imprensa francesa também não poupou nas críticas, “atirando-se” ao por parar demasiado o ritmo de jogo cada vez que está em posse.
Para o segundo duelo, diante do Perú, Dider Deschamps optou por promover duas alterações na equipa: abdicou de Tolisso e promoveu a entrada de Matuidi, jogador que até era apontado ao onze antes do início do Mundial, e trocou Ousmane Dembelé por Olivier Giroud, optando por uma solução distinta do ponto de vista ofensivo, com uma referência mais fixa no último terço, ainda que menos capaz para efeitos de criação de desequilíbrios.
O encontro frente ao Perú culminou com uma vitória por uma bola a zero, golo da autoria de Kylian Mbappé, jogador que não esteve particularmente inspirado mas acabou por encostar para o tento que fez a difeença no final do desafio. Em termos coletivos, verificaram-se algumas melhorias no jogo francês, sobretudo até ao momento em que a equipa passou para a frente do marcador. No cômputo individual, até ver, a seleção francesa foi uma desilusão praticamente por inteiro. Depois de assumir a liderança do placard, baixou as linhas, não teve tanta bola e voltou a deixar indicações de estar a atuar a um ritmo baixo. Ainda assim, a seleção francesa precisa de jogar bem mais do que aquilo que demonstrou nos primeiros 180 minutos, sobretudo se quiser fazer jus ao estatuto de candidata à conquista do ceptro mundial.
Boas Apostas!