A seleção da Argentina é a nova campeã do mundo de futsal. Numa edição histórica em virtude da ausência das potências Brasil e Espanha da final, o globo ficou a conhecer o primeiro campeão sul-americano da história da modalidade. Na Colômbia, assistiu-se à consagração de um autêntico “outsider”, naquele que foi o último campeonato do mundo do maior ícone da história da modalidade: Falcão.

Foto: “FIFA”
Contrariando as probabilidades, a seleção argentina assumiu o trono do futsal mundial, rubricando uma campanha interessante que culminou com uma vitória pela margem miníma (4-5) frente à Rússia no encontro decisivo. Alamiro Vaporaki, Cuzzolino, Alan Brandi (2) e Constantino Vaporaki foram os autores dos golos da “albiceleste”, numa noite em que o pivot Éder Lima esteve em grande evidência do lado russo ao apontar três golos, além do tento apontado por Dmitri Lyskov – foi o único “hat-trick” do jogador nascido no Brasil neste Mundial, após ter “bisado” em três ocasiões. A formação soviética, detentora do maior número de goleadas (4) bem como do ataque mais produtivo (40 golos marcados) do Mundial provou do mesmo veneno que já tinha sido servido pelos argentinos a Portugal na meia-final. Em vantagem no marcador, o conjunto sul-americano é sempre muito difícil de bater, de tal modo que terminou a participação no campeonato do mundo sem qualquer derrota. A Argentina é uma equipa com caraterísticas interessantes, agressiva a defender, rápida em transição e, sobretudo, muito eficaz a explorar e aproveitar o erro adversário. A nível individual, Fernando Wilhelm, atleta do Benfica e capitão da seleção argentina, foi agraciado com o prémio de melhor jogador da competição.
Na luta pelo bronze, a seleção portuguesa voltou a falhar no embate com uma das maiores surpresas deste campeonato do mundo: O Irão, seleção que fica nos compêndios por ter eliminado o Brasil no último campeonato do mundo para o “astro” Falcao. A seleção portuguesa esteve em vantagem por dois golos de diferença no marcador graças a um “bis” de Cardinal, permitiu que o adversário asiático empatasse no tempo regulamentar (2-2) e, na decisão através de grandes penalidades, a vitória sorriu aos iranianos já na “morte súbita”. Os eleitos de Jorge Braz não foram capazes de igualar a melhor prestação de sempre em fases finais de um campeonato do mundo, “recorde” que continua na posse dos atletas que representaram Portugal no Mundial da Guatemala, em 2000. Ricardinho, com 12 golos marcados, foi o goleador máxima da competição e recebeu a respetiva “bota de ouro”.
Boas Apostas!