Independentemente do desfecho da final de Moscovo, esta seleção croata já assegurou um lugar na história do futebol mundial e legitimou o estatuto de “geração de ouro” do seu país. A Croácia marca presença na primeira final de uma grande competição da sua história enquanto nação independente, superando o melhor registo em campeonatos do mundo: em 1998, após cair nas meias-finais precisamente às mãos da França, a equipa “Vatreni” alcançou o terceiro lugar da competição. Disputar a final de um campeonato do mundo corresponde ao auge da responsabilidade competitiva a nível de seleções, mas o que é que se poderá pedir a esta seleção?

Foto: "Getty Images"

Foto: “Getty Images”

O favoritismo à entrada para esta final do Mundial 2018 está do lado da França, mas as finais são sempre contextos com características peculiares que redundam numa elevada taxa de imprevisibilidade. A 90 minutos de poder voltar a contrariar as odds e erguer o título de campeã do mundo do futebol, o seleccionador Zlatko Dalic e Luka Modric abordaram um encontro que corresponde “ao ponto mais alto das carreiras de todos os envolvidos”.

Venceu o grupo com três vitórias em outros tantos jogos, teve frieza suficiente para levar de vencidas as seleções da Dinamarca e da Rússia na decisão através das grandes penalidades e na meia-final diante da Inglaterra, quando tudo apontava para uma quebra física croata no prolongamento, a equipa dos Balcãs deu uma grande resposta e chegou ao golo por intermédio de Mario Mandzukic, carimbando o seu passaporte para a final.

Dalic não quer exercer pressão

Na conferência de imprensa de antevisão à final agendada para este domingo (16h00 em Portugal continental), a mensagem de Zlatko Dalic não poderia ter sido mais simples: “aos meus jogadores, só tenho uma coisa a dizer: vão, joguem o vosso futebol, não se acanhem nem se sintam inibidos”. Na antecâmara do jogo mais importante da sua nação, Dalic rejeita a existência de pressão: “não há mais pressão e não vou ser eu a acrescenta-la antes de um jogos destes”, assegurando que a equipa representará “da forma mais digna possível” um país que nestes dias “soube atirar a crise para trás das costas graças ao futebol”.

Modric rejeita alterações

Habituado a marcar presença em contextos de decisão com a camisola do Real Madrid, Luka Modric é o líder e principal figura desta seleção croata. As suas grandes prestações na competição têm feito com que a crítica o coloque entre os potenciais candidatos ao “Ballon D’Or”, tanto que, em algumas casas de apostas, já surge como segundo na lista de favoritos à conquista do troféu.

Neste momento, a julgar pelas palavras de Modric, o foco está todo no desempenho coletivo da equipa. O jogador de 32 anos advoga que a Croácia “não deve alterar nada para este desafio” e garante que o período de preparação está a ser idêntico ao dos últimos jogos. “Estamos relaxados e a preparar-nos tal e qual como trabalhámos antes dos outros jogos que disputámos”.

Onze provável

Seguindo as directrizes do discurso de Luka Modric, Zlatko Dalic não deverá promover grandes mudanças em relação aos últimos desafios. Assim sendo, para a final frente à França, a Croácia deverá apresentar-se com Subasic, Lovren, Vida, Vrsaljko, Strinic, Modric, Rakitic, Brozovic, Rebic, Perisic, e Manduzkic

Boas apostas!