Chelsea – Arsenal (Premier League)
O Chelsea goleou na Liga dos Campeões, o Arsenal passou por apertos para vingar na Liga Europa mas dérbi é dérbi e a lógica vai ao ar. Prova disso, é que Arsène Wenger tem tido bons resultados nos confrontos com Antonio Conte, vencendo os dois últimos troféus que disputaram.
A primeira parte do jogo de abertura da Premier League parece ter servido de lição ao Chelsea. Depois do desastre frente ao Burnley, a equipa orientada por Antonio Conte somou apenas vitórias. E não foram à custa de adversários menores: Tottenham (1-2), Everton (2-0) e Leicester City (1-2) entregaram os três pontos, cedendo à superior eficácia do jogo dos Blues. N’Golo Kanté continua a ser a galinha dos ovos de ouro desta formação. Já não bastava a segurança que dá à equipa, graças ao patrulhamento incansável do meio-campo, agora o francês também contribuiu com o seu golito. Tiemoué Bakayoko também vai, aos poucos, encontrando o seu lugar no onze. Não é Matic nem tem as mesmas características mas pode vir a formar uma dupla de meio-campo igualmente feliz. O entrosamento de Álvaro Morata na frente de ataque também tem vindo a melhorar e o espanhol vai fazer muitos estragos nas defesas adversárias. Mas também é certo que a forma como o italiano trabalha as suas equipas envolve várias posições nas iniciativas ofensivas e os laterais contribuem frequentemente para a contagem do marcador.
Na terça-feira o Chelsea estreou-se na Liga dos Campeões com uma goleada sobre o Karabakh (6-0). Pedro Rodríguez abriu o ativo aos cinco minutos e dois defesas – Davide Zappacosta e César Azpilicueta – tornaram a vantagem inteiramente confortável. Na última meia-hora de jogo Conte aproveitou para descansar alguns elementos. Fez entrar Eden Hazard para o lugar de Pedro, dando ao belga algum ritmo de jogo que pode vir a calhar para domingo. Bakayoko rendeu Kanté, para um descanso bem merecido, e Rudiger alivou Azpilicueta do derradeiro quarto de hora. Mesmo com as alterações os Blues continuaram a alargar a vantagem. Primeiro por intermédio de Bakayoko, depois Michy Bastshuayi e por fim com a ajuda de Medvedev, na própria baliza.
Foi uma noite em grande e o Chelsea ainda teve um dia a mais para preparar o dérbi. Danny Drinkwater está em dúvida e é a única limitação no plantel às ordens de Conte.
Onze Provável: Courtois – Azpilicueta, David Luiz, Cahill – Moses, Kanté, Bakayoko, Alonso – Hazard, Pedro, Morata.
Como eu esperava, o arranque da participação do Arsenal na Liga Europa foi traumático. A formação londrina acabou por conquistar os três pontos mas a vitória foi tirada a ferros. E o marcador final esconde o facto dos Gunners terem estado a perder em casa frente ao FC Koln durante quarenta minutos, depois da saída intempestiva de Ospina resultar no golo de Jhon Córdoba. As várias alterações, leia-se poupanças, no onze inicial, aliadas à diferença de atitude das duas equipas – mais uma vez mais do que esperada – explicam as dificuldades por que os Gunners passaram. A agulha mudou na partida com a entrada de Sead Kolasinac, depois do intervalo. Rob Holding esteve nervoso na primeira parte mas isso também é natural quando se está a jogar numa estrutura defensiva que ainda não tinha alinhado toda junta esta temporada. E depois, o croata tem sido, de facto, fundamental para acrescentar energia e agressividade à formação do Arsenal, Porque insistir em deixá-lo no banco, não se percebe. Foi dele o golo do empate e Alexis Sánchez, até então algo desinspirado, fez o segundo, que operou a reviravolta. O chileno acusou alguma desmotivação e alguma falta de ritmo, ambas as coisas só vão melhorar com mais utilização e resultados positivos.
Onze Provável: Cech – Mustafi, Koscielny, Monreal – Bellerín, Xhaka, Ramsey, Kolasinac – Alexis Sánchez, Lacazette, Ozil.
Arsenal | 1-1(4-1 g.p.) | Chelsea |
Com. Shield 2017
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Arsenal | 2-1 | Chelsea |
Taça de Inglaterra 2016/17
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Chelsea | 3-1 | Arsenal |
Premier League 2016/17
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Arsenal | 3-0 | Chelsea |
Premier League 2016/17
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Um pouco ao arrepio do que tem sido a prestação das duas equipas no último ano, Wenger leva vantagem nos confrontos com Conte, desde que o italiano chegou à Premier League. O Arsenal venceu no Emirates o primeiro duelo da época passada, a única vez que os Gunners se impuseram a adversários do top-4 no campeonato durante a temporada. Perdeu o jogo em Stamford Bridge, sim, mas voltou a ficar por cima na disputa dos dois troféus que se seguiram, a Taça de Inglaterra e a Community Shield.