Brasil – Japão (Taça das Confederações)
A seleção brasileira terá um gostinho de Mundial com a realização da Taça das Confederações, uma espécie de evento de teste à escala real. Sobre a equipa canarinha está a pressão de ter que vencer, num momento em que o conjunto orientado por Luiz Felipe Scolari ainda busca as melhores soluções para se organizar em campo. Na estreia, encontra o Japão, país que também já garantiu presença no Mundial e entra nesta competição sem nada a perder.
Já passaram quase dois anos desde que o Brasil disputou o seu último jogo oficial. No entanto, está já longe o trauma da eliminação da Copa América 2011 às mãos do Paraguai, para uma equipa que mudou de selecionador – Mano Menezes deu lugar a Scolari – e boa parte dos seus jogadores. Campeão mundial com o Brasil e semi-finalista com Portugal, Scolari regressa onde foi feliz, com a missão de construir um onze com uma nova geração de futebolistas. A estrela da equipa, obviamente, é Neymar. Acabado de assinar pelo Barcelona, o prodígio brasileiro tem sido peça central de uma discussão tática, já que Scolari tende a utilizá-lo no centro do terreno, enquanto no Santos Neymar brilhava mais a partir de uma faixa. A quantidade de opções para essas posições são um forte argumento do técnico brasileiro, que espera, assim, poder ocupar os extremos com Lucas Moura e Óscar (ou Hulk). Paulinho, do Corinthians, deverá fazer dupla com Fernando, do Grêmio, no duplo volante, em frente a um quarteto defensivo muito poderoso, com Dani Alves e Marcelo nas laterais, muito participativos nas jogadas de ataque, e Thiago Silva e David Luiz como centrais. Na baliza, Júlio César mantém a titularidade. Frente ao Japão, o Brasil quererá marcar o mais cedo possível, de maneira a acalmar a pressão da torcida, caminhando assim para um jogo tranquilo.
Onze provável: Júlio César – Dani Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo – Fernando, Paulinho – Lucas Moura, Neymar, Óscar – Fred.
O Japão é uma equipa com bastantes pontos de interesse. Ainda que o futebol nipónico tenha sido formado numa matriz “brasileira”, a evolução do jogo na J-League, o aparecimento de novas estrelas no país do sol nascente e a chegada de Alberto Zaccheroni tem transformado a equipa asiática em algo mais do que um conjunto de bons rapazes a tratar bem a bola. Garantido que está o apuramento para o Mundial, a equipa japonesa chega à Taça das Confederações à procura de confirmar o bom momento, esperando ainda ganhar alguma rodagem frente a seleções mais fortes. Com Keisuke Honda e Shinji Kagawa a aparecerem a partir dos extremos, os japoneses podem causar grandes dificuldades à defensiva brasileira, ainda que o seu ponta-de-lança, Maeda, seja frágil para este nível competitivo. Endo e Hasebe terão a difícil missão de parar a subida do meio-campo canarinho, enquanto a defesa japonesa terá muitas dificuldades para impedir que o golo brasileiro surja. É, talvez, o setor mais frágil dos nipónicos, sobretudo para enfrentar este Brasil, pelo que só causando dificuldades nos momentos em que tiverem bola e a utilizarem com velocidade poderão inverter a tendência do encontro.
Onze provável: Kawashima – Konno, Yoshida, Kurihara, Ushida – Endo, Hasebe – Kagawa, Okazaki, Honda – Maeda.
Brasileiros e japoneses já se encontraram, por duas vezes, em partidas da Taça das Confederações, com o empate a ser o resultado obtido, quer em 2001, quer em 2005. De todos os jogos disputados entre as duas seleções, foram mesmo as duas únicas vezes que o Brasil não venceu.
Japão | 0-4 | Brasil | Amigáveis 2012 |
Japão | 1-4 | Brasil | Alemanha 2006 |
Japão | 2-2 | Brasil | Confederações 2005 |
Brasil | 0-0 | Japão | Confederações 2001 |
Japão | 0-2 | Brasil | Jogos Amigáveis 1999 |
Japão | 0-3 | Brasil | Jogos Amigáveis 1997 |
Japão | 1-5 | Brasil | Jogos Amigáveis 1995 |
Brasil | 3-0 | Japão | Jogos Amigáveis 1995 |
Brasil | 1-0 | Japão | Jogos Amigáveis 1989 |
Total favoritismo para os canarinhos, que tentarão marcar cedo para garantir a vitória. A estratégia do Japão passará por surpreender o adversário através de rápidas transições, o que até lhes poderá garantir um golo, mas dificilmente mais do que isso.
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