Boca Juniors – Racing Club (Taça Libertadores)
Muda o palco, o contexto e… O comandante do Boca Juniors. Sensivelmente quatro dias depois de se terem defrontado no “Cilindro”, em jogo do campeonato argentino, Boca Juniors e Racing Club enfrentam-se em partida relativa à Copa Libertadores. O encontro assinala a estreia de Guillermo Barros Schelotto à frente do conjunto “xeneize”. As bancadas da Bombonera estarão encerradas ao público, sanção aplicada ao Boca na sequência dos ataques com gás pimenta aos jogadores do River Plate na Libertadores 2015.
Rodolfo Arruabarrena não resistiu ao mau arranque de temporada. Daniel Angelici, presidente do Boca Juniors, demitiu o técnico na sequência da derrota diante do Racing (1-0). Guillhermo Barros Schelotto, ídolo na Bombonera enquanto jogador, é o homem que assume o leme da equipa.
No que toca a jogos do campeonato, o Boca Juniors soma sete pontos ao cabo de cinco jornadas disputadas. Venceu San Martin San Juan (0-1) e Newell’s Old Boys (4-1), empatou com a equipa do Temperley (0-0) e perdeu frente a Atlético Tucumán (0-1) e Racing Club (1-0). A derrota copiosa aos pés do San Lorenzo (0-4), na decisão da supertaça, também teve peso na mudança de treinador. A nível de Copa Libertadores, o Boca Juniors empatou sem golos no terreno do Deportivo Cali, resultado que se toma por positivo.
Ainda que tenha treinado à parte do restante plantel no início da semana, Carlos Tévez está recuperado e tudo indica que se mantenha no onze titular.
Onze Provável: Agustín Orion; Leonardo Jara, Daniel Díaz, Juan Insaurralde, Jonathan Silva; Pablo Pérez, Fernando Gago, Nicolás Colazo; Nicolás Lodeiro; Sebastián Palacios yeCarlos Tevez.
O Racing também começou a temporada de um modo pouco auspicioso, ao somar apenas dois pontos nas primeiras quatro jornadas do campeonato argentino. O desempenho da equipa na competição interna foi afetado pela participação na ronda preliminar da Libertadores, na qual o conjunto argentino mediu forças com os mexicanos do Puebla (2-2; 1-0). O resultado conquistado em noite de estreia na fase de grupos diante do Bolívar (4-1) permite chegar a esta segunda jornada na liderança do grupo 3.
O técnico Facundo Sava tem às suas ordens um plantel interessante, que conjuga unidades de grande valia sobretudo do meio-campo para a frente. No setor intermediário pontificam unidades como Rodrigo de Paul (com passagem pelo Valência) e Óscar Romero. Já na frente de ataque, além do promissor Roger Martínez, destaque para Gustavo Bou e outros dois elementos que dispensam apresentações tendo em conta os respetivos percursos no futebol europeu: Lisandro López e Diego Milito.
Gustavo Bou é carta fora do baralho para esta partida, uma vez que padece de uma mialgia de esforço. O guarda-redes Sebastián Saja e o médio Francisco Cerro devem estar recuperados para esta visita à Bombonera.
Onze Provável: Sebastián Saja; Iván Pillud, Luciano Lollo, Nicolás Sánchez, Leandro Grimi; Rodrigo De Paul, Francisco Cerro, Luciano Aued, Óscar Romero; Diego Milito e Roger Martínez
Sem os fervorosos adeptos do Boca Juniors na bancada, o ambiente habitualmente adverso da Bombonera é menos um factor contra o qual o Racing terá que lutar. Em noite de estreia de Barros Schelotto, o Boca quer dar uma resposta contundente e iniciar um novo ciclo. Com uma equipa experiente a este nível e ciente da importância dos jogos em casa numa competição como a Libertadores, o Boca Juniors tem que assumir a vitória e procurar lograr os três pontos desde o primeiro instante. Para o Racing, que lidera o grupo em virtude do triunfo frente ao Bolívar, um empate já representaria um resultado satisfatório.