Benoit Paire – Pablo Carreño Busta (ATP Masters Madrid)
Com o título do Estoril Open ainda fresco, Pablo Carreño Busta avança para o Masters de Madrid, onde terá como primeiro adversário o francês Benoit Paire. Os dois tenistas têm a segunda ronda como o melhor resultado, até à data, no Mutua Madrid. Será que espanhol vai acusar o desgaste adicional da conquista do título em Portugal ou vai aparecer com as pilhas recarregadas de confiança.
Benoit Paire ainda não conseguiu ir além da segunda ronda no Masters madrileno. Em 2013 foi barrado por Rafa Nadal e no ano passado caiu às mãos de Jack Sock (2-6, 6-2, 7-6), na primeira etapa da prova.
À semelhança de Carreño, também o francês passou pelo Clube de Ténis do Estoril, mas não passou da primeira ronda, vítima do até então campeão em título. Nicolas Almagro estava claramente uns furos acima, quer na intensidade, quer na motivação. Benoit Paire foi à final do Challenger de Sophia, onde perdeu para Bedene (6-2, 6-2), e à meia-final do ATP de Marraquexe, afastado então por Philipp Kohlschreiber (6-2, 6-2). Mas não conseguiu romper nos eventos de classe superior que se seguiram. Em Monte Carlo, caiu à primeira tentativa, diante de Tommy Haas (6-2, 6-3), e na capital catalã foi só um passo além, cedendo em três sets frente a Horacio Zeballos (6-4, 3-6, 7-6).
Pablo Carreño Busta aplicou-se a fundo e à terceira vez foi de vez. Conquistou, por fim, o título do ATP português, depois de nas edições anteriores fazer semifinal e final. Desde o primeiro encontro no Millennium Estoril Open a intensão ficou clara mas foi na passagem dos quartos de final que o estatuto de candidato favorito começou a solidificar. Ao bater Nico Almagro (6-2, 6.4), frente a quem tinha perdido a final do ano anterior, Carreño ultrapassou mentalmente uma barreira. Na etapa seguinte havia mais um teste a superar, na forma do compatriota David Ferrer (6-3, 6-3). Ficava ainda a faltar o jogo decisivo, onde o esperava Gilles Muller (6-2, 7-5). O espanhol dominou por completo o primeiro parcial mas no segundo o luxemburguês conseguiu reagir e forçar um tie break.
Foi o terceiro título de carreira do espanhol de vinte e cinco anos, depois de vencer Moscovo e Wiston-Salem em 2016. Foi o primeiro desta temporada e também a estreia em eventos de terra batida. Foi algo por que Pablo Carreño Busta trabalhou com afinco pelo que é possível que o triunfo tenha causado uma espécie de descarga emocional e de física. Veremos se é assim. Ou se, pelo contrário, serviu para recarregar as pilhas de confiança, desbloqueando sucessos futuros nesta superfície. No Estoril ficou evidente que Carreño melhorou muito a sua capacidade de resposta.
Carreño tenha já alcançado a final no Masters do Rio de Janeiro, onde o troféu foi reclamado por Thiem (7-5, 6-4), e a semifinal em São Paulo, onde foi eliminado por Pablo Cuevas (6-3, 7-6). No Masters monegasco foi travado nos oitavos de final por Djokovic (6-2, 4-6, 6-4) mas conseguiu, ainda assim, vencer um parcial ao sérvio.
Nas duas participações anteriores, no Mutua Madrid Open, Carreño Busta não passou da segunda ronda. Em 2014 não resistiu a Grigor Dimitrov e curiosamente voltou a encontrá-lo no ano passado, também na primeira ronda. Desta feita ultrapassou o búlgaro (7-6, 6-3) mas não passaria por Gilles Simon (2-6, 6-3, 6-4), na eliminatória seguinte.
2016 | Millennium Estoril Open | Carreno-Busta | 2 | 6 | 6 | SF | ||
Paire | 0 | 3 | 3 | |||||
2014 | Open dos Estados Unidos | Carreno-Busta | 3 | 6 | 6 | 3 | 6 | 2R |
Paire | 1 | 1 | 4 | 6 | 3 | |||
2013 | ATP Estocolmo | Paire | 2 | 6 | 6 | R16 | ||
Carreno-Busta | 0 | 4 | 4 |
Benoit Paire e Pablo Carreño Busta estão empatados no que respeita a confrontos diretos, três para cada lá. O espanhol levou a melhor nos dois últimos embates entre ambos, incluindo a semifinal do Millennium Estoril Open do ano passado, que venceu em sets diretos.