Benfica – Rio Ave (Taça de Portugal – Final)

O Benfica chega ao fim da sua temporada depois de uma caminhada quase perfeita nas diversas competições em que participou. Campeão na Liga ZON Sagres, depois de ter visto o FC Porto a festejas três títulos de seguida, vencedor da Taça da Liga e finalista da Liga Europa, onde só perdeu na marcação de grandes penalidades. Melhor do que isso, o facto do conjunto encarnado ter conseguido crescer a olhos vistos durante a temporada, partindo de uma situação periclitante, com Jorge Jesus inseguro e várias questões por resolver no seu plantel, o Benfica foi capaz de manter os seus jogadores mais importantes e fornecer uma nova vida a alguns outros que, em anos passados, não terão estado ao mesmo nível que este ano. A final da Taça de Portugal será, ao mesmo tempo, uma mais do que provável despedida para alguns deles. De despedida também se falará do lado do Rio Ave, onde Nuno Espírito Santo, obreiro desta versão da equipa que consegue alcançar duas finais na mesma temporada, está de saída, sendo que, muito provavelmente, um ou outro jogador poderão acabar por seguir as pisadas do seu técnico.

Uma das grandes questões para esta partida é tentar perceber de que forma a final da Liga Europa poderá afetar o plantel do Benfica. A derrota nas grandes penalidades, depois da disputa de 120 minutos de jogo, tem sempre uma carga mental pesada, mas é bem provável que não deixe marcas na confiança de uma equipa que atravessou a segunda metade desta época sempre em crescendo. Para além disso, com jogadores fulcrais, como Enzo Pérez, Salvio e Markovic a ficar de fora no jogo de Turim, Jorge Jesus deverá agora lança-los como titulares, de maneira a aproveitar as naturais frustrações geradas por essa ausência a seu favor. Sem mexer muito no quadro defensivo, espera-se encontrar um Benfica com um foco ofensivo que tentará, rapidamente, assegurar uma vantagem confortável, de modo a afastar o fantasma da final do ano passado e não oferecendo o mínimo espaço a para que o Rio Ave sonhe com uma vitória.

Onze provável: Artur – Maxi Pereira, Luisão, Garay, Siqueira – Ruben Amorim, Enzo Perez – Salvio, Rodrigo, Markovic – Óscar Cardozo.

O Rio Ave joga a sua segunda final da época com a consciência tranquila de quem deu tudo para vencer na Taça da Liga, mas também reconhece que é inferior ao seu adversário e é com isso em mente que faz o seu jogo. Nuno Espírito Santo voltará a tentar montar a sua equipa de forma a conter o ímpeto ofensivo dos encarnados, tentando explorar a transição, mas também sabe que Jorge Jesus tem o antídoto para essa opção. Por outro lado, o Rio Ave tentará chamar o coração dos seus jogadores para o facto de estarem perante uma oportunidade quase única de jogar no Jamor, onde beneficiarão de bastante apoio e onde estará “presente” a memória da equipa dos barbudos de Vila do Conde, um autêntico mito da história do Rio Ave. Se, à altura, faltou aos barbudos vencer, desta vez, o Rio Ave espera, pelo menos, dar mais luta do que deu na Taça da Liga e obrigar o Benfica a trabalho extra.

Onze provável: Ederson – Lionn, Rodríguez, Marcelo, Edimar – Ruben Ribeiro, Tarantini, Filipe Augusto – Ukra, Hassan, Braga.

O Rio Ave nunca venceu o Benfica sem ser em jogos disputados em sua casa, pelo que vencer esta Taça seria um momento único da história da equipa de Vila do Conde, em mais do que um sentido.

Rio Ave	0-2	Benfica	Taça da Liga 2013/14
Benfica	4-0	Rio Ave	Liga ZON Sagres 13/14
Rio Ave	1-3	Benfica	Liga ZON Sagres 13/14
Benfica	6-1	Rio Ave	Liga ZON Sagres 12/13
Rio Ave	0-1	Benfica	Liga ZON Sagres 12/13
Rio Ave	2-2	Benfica	Liga ZON Sagres 11/12
Benfica	5-1	Rio Ave	Liga ZON Sagres 11/12
Rio Ave	1-2	Benfica	Liga ZON Sagres 10/11
Rio Ave	0-2	Benfica	Taça Portugal 10/11
Benfica	5-2	Rio Ave	Liga ZON Sagres 10/11

Em situação normal, o Benfica chegará à vitória sem grandes problemas. No entanto, as finais nem sempre seguem as linhas direitas dos livros, podendo virar consoante pequenos pormenores ou estados de espírito. Recorrendo a uma ideia feita, o Benfica é mais forte, mas terá que o demonstrar no terreno do jogo.

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