Benfica – Dínamo Kiev (Liga dos Campeões)
Os Encarnados recebem o clube ucraniano esta terça-feira com um pensamento único: ganhar a partida. A derrota algo surpreendente do Napoli em casa, frente ao Besiktas, veio deixar em aberto as posições de topo no Grupo B, onde o Dínamo de Kiev parece ser o elo mais fraco. O Benfica está a ter uma temporada triunfal nas competições domésticas e quer passar essa confiança para as provas europeias.
O Benfica está cada vez mais destacado na liderança da Liga NOS. É certo que tem beneficiado dos momentos ainda convulsivos dos principais rivais mas quem acompanha o campeonato português vê claramente que o conjunto encarnado joga uns furos acima de toda a concorrência. Os vinte e cinco que valem o primeiro posto na classificação são cinco a mais que Porto e Braga, os mais diretos perseguidores. Eu sei que ainda há muita liga pela frente mas é já uma margem de segurança importante, em apenas nove jornadas.
Na sexta-feira o Benfica carimbou mais uma vitória na Luz e com todo o respeito para o Paços de Ferreira foi quase fácil (3-0). Gonçalo Guedes abriu o ativo perto da primeira meia hora de encontro, Salvio fez o segundo cedo na segunda parte e Pizzi fechou a contagem a três minutos dos noventa. Tudo com muita naturalidade, sem aquela ansiedade que vimos a equipa sentir em épocas anteriores quando os golos tardavam em surgir.
A lesão de André Horta obrigou Rui Vitória a movimentar as peças. Pizzi foi de tal modo convincente na sua parceria com Fejsa, como médio interior, que não mais regressou à ala, onde começou a temporada. Mesmo agora, que Horta está novamente disponível, o treinador encarnado resiste em mexer nesse ponto de equilíbrio conseguido no meio-campo, e em toda a equipa por arrasto, com esta dupla. Já lá vão quatro jogos neste modelo – com a exceção do compromisso da Taça com o 1º de Dezembro – e ao que tudo indica Vitória vai teimar na receção aos ucranianos. Nestas quatro partidas – Feirense (4-0), Dínamo de Kiev, Belenenses (0-2) e Paços – o Benfica não sofreu golos.
Na Liga dos Campeões o conjunto Encarnado não está a conseguir o mesmo domínio. Mas a derrota surpreendente do Napoli em casa, na última ronda, frente ao Besiktas, veio nivelar bastante os lugares do topo do Grupo B. O clube italiano, que ia embalado com duas vitórias nas primeiras jornadas, mantém o primeiro lugar com seis pontos. Só que em virtude desse resultado tem agora os turcos à perna, com cinco pontos, e o Benfica a curta distância, com quatro. Rui Vitória diz que prefere não fazer contar nem equacionar cenários de Liga Europa e parece-me a abordagem acertada. O imperativo é vencer a próxima partida, jogada na Luz, e se o fizer o terceiro lugar já não deve escapar. A partir daí é ir jogo a jogo porque também Napoli e Besiktas vão precisar de vencer para alcançar os seus objetivos, ninguém vai poder ficar na expetativa.
Onze Provável: Ederson – Nélson Semedo, Lindelof, Lisandro, Grimaldo – Salvio, Pizzi, Fejsa, Cervi – Gonçalo Guedes, Mitroglou.
A derrota com o Benfica (0-2), de há duas semanas, foi o único negativo do Dínamo de Kiev nos últimos oito desafios (4V/ 3E/ 1D). Está na terceira posição na Liga Ucraniana, com vinte e sete pontos, que o Shakhtar Donetsk de Paulo Fonseca lidera já com oito pontos de vantagem sobre a concorrência. O Dínamo afastou o rival Zorya da Taça, vencendo por 5-2 no prolongamento, e na jornada do último fim de semana bateu em casa o Karpaty (4-1).
Na Liga Milionário está isolado no fundo do Grupo B, com penas um ponto.
Para a vista à Luz Sergiy Rebrov tem duas baixas importantes. Danilo Silva foi operado para corrigir uma lesão no joelho e tão cedo não estará disponível. Yarmolenko sofreu um estiramento no joelho e também fica de fora.
Onze Provável: Shovkovskiy – Morozyuk, Vida, Khacheridi, Antunes – Rybalka – Gladkiy, Sydorchuk, Garmash, Derlis González – Moraes.
Dynamo Kiev
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0-2 |
Benfica
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Liga dos Campeões 2016/17
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Benfica
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5-0 |
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Dynamo Kiev
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1-0 |
Taça dos Campeões Europeus 1991/92
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O Benfica venceu dois dos três confrontos que teve com o Dínamo de Kiev, incluindo o jogo fora de há duas semanas. Os ucranianos têm uma equipa muito organizada mas sem o seu maior valor individual, o capitão Yarmolenko, dificilmente conseguem travar os Encarnados a jogar na Luz.