Barcelona – Sevilha (Supertaça Europeia)
Na quinta vez que a Supertaça Europeia vai ser disputada por equipas do mesmo país, repete-se a final de 2006, quando o Sevilha garantiu a sua única vitória nesta competição, curiosamente frente ao Barcelona, com um resultado final de 3-0. A partida disputada em Tbilissi, capital da Geórgia, promove o regresso dos sevilhanos, graças à sua vitória na Liga Europa, desta vez contra outro dos colossos espanhóis, o Barcelona. É a nona presença dos catalães nesta prova, com Luis Enrique a procurar levar a quinta Supertaça para o museu do Barça.
Para o Barcelona, início de temporada atípico, com a equipa impedida de inscrever reforços, obrigando assim Luis Enrique a manter a aposta no onze do ano passado, mas tendo em conta que saíram alguns elementos que ofereciam outra capacidade de rotação ao plantel catalão. Xavi, que saiu para o Al Sadd do Qatar, é o elemento que deixa mais saudades, com Martín Montoya, lateral direito, a perceber não ter espaço nas opções do seu técnico, e a ser emprestado ao Inter, enquanto Gerard Deulofeu confirmou a desvinculação do Barcelona, depois do empréstimo ao Sevilha, e irá atuar, de novo, no Everton. Arda Turan, ex- Atlético de Madrid, e Aleix Vidal, ex-Sevilha, terão que esperar por janeiro para fazer a sua estreia oficial com a camisola do Barcelona, sendo que esta pré-temporada, o Barcelona só se pôde dar como feliz por ter batido o LA Galaxy e o AS Roma. Nas restantes partidas disputadas para a International Champions Cup, os catalães perderam com o Manchester United e a Fiorentina, empatando com o Chelsea (para acabarem derrotados nas grandes penalidades). Luis Enrique somará às ausências os lesionados Jordi Alba e Neymar, abrindo-se assim as portas para a titularidade de Pedro, numa semana em que o extremo continua a ser muito desejado pelo Manchester United.
Onze provável: ter Stegen – Dani Alves, Piqué, Vermaelen, Mathieu – Mascherano, Busquets, Rakitic – Messi, Luis Suárez, Pedro.
Vida muito complicada para o Sevilha neste início de temporada, marcado por lesões e indisposições, associadas também a alguma demora da parte de Unai Emery em tomar decisões que se prendem com o melhor onze para enfrentar a competição. No mercado, o treinador viu sair jogadores fundamentais, como Carlos Bacca ou Aleix Vidal, para além de referências como Navarro, Mbia ou Trochowski. As contratações visaram substituir os mencionados, com nomes como Immobile ou Konoplyanka a merecerem destaque, mas eventualmente tão importantes quanto as chegadas de N’Zonzi, Rami ou Krohn-Dehli. No entanto, a equipa aproxima-se deste encontro com uma elevada lista de lesionados, entre os quais se contam Daniel Carriço, Nico Pareja, Cristóforo ou N’Zonzi, havendo também dúvidas sobre a forma de alguns dos últimos reforços a chegar ao plantel. Daí que não será de estranhar que, neste primeiro encontro oficial, Emery acabe por recorrer a jogadores que estavam já no plantel. No que toca aos jogos de preparação, vitórias frente ao Reims e ao Watford não disfarçaram as preocupações saídas das derrotas com Werder Bremen e Brighton e ainda do empate deste fim-de-semana em Atenas, frente ao AEK.
Onze provável: S. Rico – Coke, Krychowiak, Kolodziejczak, Trémoulinas – Krohn-Delhi, Iborra – Reyes, Banega, Vitolo – K. Gameiro.
Num duelo em que o Barcelona tem saído vencedor muitas vezes, o Sevilha alcançou apenas um empate nos últimos sete encontros.
Sevilla | 2-2 | Barcelona | Liga BBVA 14/15 |
Barcelona | 5-1 | Sevilla | Liga BBVA 14/15 |
Sevilla | 1-4 | Barcelona | Liga BBVA 13/14 |
Barcelona | 3-2 | Sevilla | Liga BBVA 13/14 |
Barcelona | 2-1 | Sevilla | Liga BBVA 12/13 |
Sevilla | 2-3 | Barcelona | Liga BBVA 12/13 |
O favoritismo está do lado do Barcelona, mesmo apresentando um onze com algumas fragilidades. O Sevilha ainda procura a sua nova identidade e a melhor forma de se acomodar aos reforços, não dando, para já, sinais de que pode estar na luta pelo troféu que venceu em 2006.