A campeã do mundo França foi sorteada no Grupo D juntamente com as congéneres de Tunísia, Dinamarca e Austrália. As apostas no Grupo D em mercados de longo prazo indicam, logicamente, o favoritismo gaulês, ao passo que a Dinamarca aparenta partir na frente da luta pelo segundo posto.
A Dinamarca pretende afirmar-se como segunda principal força do Grupo D e a realidade é que, no ano civil de 2022, até já levou a melhor diante da França em duas ocasiões, pretendendo voltar a surpreender na fase final deste Mundial 2022.
Em termos qualitativos, tunisinos e australianos surgem bem atrás tanto de França quanto de Dinamarca. A menos que uma grande surpresa aconteça, as duas seleções parecem estar condenadas a discutir o terceiro lugar, mas já se sabe que o Mundial é profícuo em surpresas.
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A campeã em título França
A França regressou ao topo do futebol mundial há quatro anos atrás, na Rússia, depois de se superiorizar à Croácia na final do Mundial 2018. Os gauleses contam com um lote de jogadores “de luxo”, repleto de grandes estrelas, com Kylian Mbappé “à cabeça”.
Neste Mundial 2022, a seleção francesa contará com um “reforço de peso”: Karim Benzema. O vencedor da Bola de Ouro 2022 regressou às opções da equipa nacional em 2021, isto depois de ter estado seis anos afastado por opção do selecionador devido a um alegado esquema de extorsão em que esteve envolvido e que tinha em vista prejudicar o ex-colega Mathieu Valbuena.
Para além do regresso de Karim Benzema, a seleção francesa conta com vários jogadores que já integravam as escolhas de Didier Deschamps em 2018. Talento é que coisa que não faltará na convocatória dos “Bleus”.
A equipa francesa é uma das principais favoritas à conquista do troféu segundo as principais apostas no Mundial 2022 e, naturalmente, à vitória neste Grupo D.
Os franceses chegam a esta fase final empenhados em “limpar” a imagem menos boa deixada no Euro 2020, disputado no verão de 2021. A França era apontada como favorita absoluta a título, mas a realidade é que os franceses não foram além dos “oitavos”, fase em que foram eliminados pela seleção da Suíça.
Não há dúvidas de que, em teoria, a seleção francesa tem ótimas condições para chegar longe neste Mundial 2022. A equipa encara a competição com a responsabilidade própria de quem é a atual campeã do mundo, apresentando um interessante misto de juventude e experiência.
No Grupo D, as odds da Solverde indicam que o favoritismo está claramente do lado francês.
Dinamarca deixa França “em sentido”
Vencedora do Euro 1992 depois de ter sido repescada já perto do início da competição, a seleção da Dinamarca prepara-se para aquela que será a sua sexta presença em fases finais do Mundial, isto depois de ter estado na última edição, em 2018, na Rússia.
A melhor prestação da história dos dinamarqueses em fases finais do Mundial aconteceu precisamente em França, no ano de 1998, com a chegada aos “quartos”, fase da competição na qual acabaria por perder por três bolas a duas com o Brasil, conjunto que acabaria mesmo por se sagrar campeão do mundo.
Apesar do favoritismo que é reconhecido à seleção francesa, se há coisa que não pode fazer, é subestimar a Dinamarca. E porquê? Porque os franceses não venceram nenhum dos últimos três duelos com a Dinamarca, os dois mais recentes disputados precisamente neste ano civil de 2022.
A 3 de junho de 2022, os dinamarqueses venceram no Stade de France por duas bolas a uma graças a uma “remontada” com dois golos de Andreas Cornelius. Já a 25 de setembro, no Parken, em Copenhaga, os dinamarqueses voltaram a impor-se aos franceses, na data em causa por duas bolas a zero. Melhor aviso, mesmo tendo em conta a superioridade teórica dos franceses, não poderia existir.
Para além das duas vitórias recentes diante da seleção francesa, a Dinamarca também tem como “cartão de visita” a ótima prestação na fase final do Euro 2020, disputado no verão de 2021. Os dinamarqueses chegaram às “meias” da competição se bateram-se bastante com a seleção inglesa em pleno Wembley, levando a decisão até ao prolongamento.
Christian Eriksen, totalmente recuperado e a jogar com regularidade no Manchester United, é provavelmente a principal figura desta seleções que, mesmo sem nomes tão mediáticos quanto os da seleção francesa, conta com vários jogadores de qualidade que atuam nos melhores campeonatos da Europa.
Schmeichel, Kjaer, Christensen, Maehle, Delaney, Hojbjerg ou Braithwaite são alguns dos nomes que vão constar entre os convocados a seleção dinamarquesa para a fase final do Mundial 2022.
“Socceroos” integram o Grupo D
A seleção australiana tem sido presença assídua em fases finais do Mundial ao longo dos últimos anos. A ida até ao Catar corresponde à sua quinta participação consecutiva na prova que não falhe desde 2006, na Alemanha.
Em cinco participações, a Austrália só por uma vez foi além da fase de grupos: em 2006 chegou aos “oitavos”.
Os australianos chegaram a este Mundial após um duro “play-off” com o Peru a jogo único, com vitória nas grandes penalidades. A chegada à fase final, ainda para mais depois de derrotar um adversário como o Peru, já corresponde a um grande prémio para esta equipa.
Sem uma grande estrela no seu plantel, o conjunto treinado por Graham Arnold conta com alguns nomes com carreira na Europa como o guarda-redes Mathew Ryan, Mathew Leckie ou Aaron Moy, mas também tem jogadores que nem sequer estão a disputar as divisões máximas dos respetivos países. A título de exemplo, Jackson Irvine atua na 2. Bundesliga e Mitchell Duke está no segundo escalão do futebol japonês.
Tudo nos faz acreditar que a Austrália se vai debater com a Tunísia na luta pela fuga ao último lugar do grupo e não deverá ser capaz de incomodar França e Dinamarca.
Tunisinos querem surpreender
As “Águias de Cartago”, assim conhecidas, preparam-se para a sexta participação em fases finais do Mundial.
A equipa tunisina caiu na fase de grupos do Mundial 2018 e a realidade é que só uma tremenda surpresa poderá fazer com que a equipa chegue mais longe neste Mundial 2022.
Vencedora da Taça das Nações Africanas em 2004, a seleção da Tunísia nem é das mais cotadas na realidade continental. A verdade é que o apuramento para esta fase final já corresponde, por si só, a um grande desempenho.
Jaled Kadri é o selecionador de uma equipa que tem em Wahbi Khzari, há vários anos no futebol francês, a sua unidade mais mediática. Ellyes Skhiri, do Colónia, é outros dos bons jogadores de uma equipa que não é tão conhecida do grande público dado que a grande maioria dos seus jogadores atua nos campeonatos africanos.
Apesar da goleada sofrida ante o Brasil por cinco a um em jogo de preparação disputado no mês de setembro, a realidade é que, antes disso, os tunisinos não sofriam golos há 7 (!) encontros. Quebrar a organização defensiva desta equipa poderá não ser assim tão fácil.
A Tunísia é, segundo as odds das principais Casas de Apostas, a equipa menos cotada do grupo D.
Apostas no Grupo D – Jogos – Horário de Portugal Continental
22/11/2022 – Dinamarca – Tunísia, 13h00
22/11/2022 – França – Austrália, 19h00
26/11/2022 – Tunísia – Austrália, 10h00
26/11/2022 – França – Dinamarca, 16h00
30/11/2022 – Austrália – Dinamarca, 15h00
30/11/2022 – Tunísia – França, 15h00
Conclusão
As apostas no Grupo D colocam a seleção francesa como grande favorita à vitória, favoritismo esse que reconhecemos. Afinal, estamos a falar da atual detentora do título mundial, munida de um lote de jogadores “de luxo” e capaz de se superiorizar a qualquer seleção.
Apesar de tudo, as surpresas acontecem e a seleção francesa precisa de se concentrar para não acabar surpreendida por nenhum dos três adversários que vai ter pela frente.
Neste enquadramento, acreditamos que a Dinamarca é, claramente, a segunda seleção mais cotada e que será capaz de se bater com a França (recordamos que os dinamarqueses já venceram os franceses por duas vezes este ano, embora em contexto competitivo diferente) e à partida também deverá avançar para a fase seguinte.
Tunisinos e australianos têm muito poucas hipóteses no que concerne ao apuramento e aparentam estar condenados a lutar pela terceira posição. Consideramos que Tunísia e Austrália são duas das seleções mais vulneráveis de entre as que vão lutar pelo apuramento.
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