Andy Najár Rodriguez nasceu em Choluteca, nas Honduras, corria o ano de 1993. Abandonou a nação de berço aos 13 anos, partiu para os Estados Unidos e deixou para trás um dos países mais violentos à escala global, com elevados índices de pobreza. Transportou consigo o futebol de rua, aquele que aprendeu a jogar sob o intenso calor da quarta maior cidade hondurenha.

O american dream do jovem hondurenho assumiu contornos no meio futebolístico, integrando os escalões de formação do DC United em 2008.

Aos 15 anos, o talento que Andy denotava com a bola nos pés gerava expectativa junto dos responsáveis técnicos do clube e, aos 17, surgiu a oportunidade de se estrear pela equipa principal. A lateral-direito – mais recuado em relação aos terrenos que hoje pisa – a qualidade que revelava tornou-o no segundo jogador da história formado no clube a assinar contrato profissional.

O prémio Revelação da MLS foi-lhe atribuído, fator que também despertou os clubes europeus para o potencial do metro e setenta que, inusitadamente, despontava no futebol dos Estados Unidos.

Ao cabo de quatro épocas, Andy Nájar acedeu ao chamamento do tão apelativo futebol do Velho Continente.

Andy Najár no Anderlecht

Mal Andy Najár chegou ao Anderlecht, começou logo a ganhar troféus

O RSC Anderlecht clamou primeiramente por Andy para um período de empréstimo, a título experimental. Não se fez rogado, evidenciou qualidade, e o clube de Bruxelas entendeu que se impunha abrir oficialmente as portas do futebol belga ao prodígio que já havia treinado à experiência no Tottenham, em 2011.

A estreia oficial com o novo emblema ao peito ocorreu no dia 2 de Agosto de 2013, na goleada operada pelo Anderlecht no terreno do Cercle Brugge.

Enquanto internacional, provocou uma disputa entre responsáveis das seleções hondurenha e norte-americana no que à garantia da prestação dos seus serviços concerne. A decisão, segundo o próprio, “veio de coração” e, para si, “sempre esteve clara”.

O menino de Choluteca optou por representar as Honduras, e os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, constituíram o primeiro certame futebolístico oficial no qual representou Los Catrachos. Marcou presença no lote de convocados da seleção das Honduras para o Mundial do Brasil. Foi titular no jogo inaugural, frente à França, e entrou aos 77 minutos no derradeiro jogo do grupo E, frente à Suíça.

Perfil

Falar de Andy Najár é retratar um jogador irreverente, dinâmico, muito ativo no flanco direito do trio de ataque do Anderlecht.

Andy Najár na Selecção das Honduras

Disputado pelas Honduras e pelos Estados Unidos, Andy Najár optou pela Selecção do seu país natal

Com cerca de 1,70m e 65 kg, o baixo centro de gravidade confere-lhe boa capacidade a nível do drible. É rápido a executar e desconcertante em situações de 1×1.

O ágil Najár define-se pela criatividade, é assertivo no capítulo da decisão e aparece bem em zonas de finalização. Apesar da baixa estatura, assume qualidade a nível do jogo aéreo ofensivo pelo correto timing na entrada aos lances sendo que, em jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões deste ano, conseguiu marcar de cabeça ao Arsenal. Apresenta argumentos a nível do passe curto/médio e bom remate de meia distância.

Na Bélgica tem espaço para jogar e continuar a progredir, mas certamente já ambiciona transferir-se para um contexto mais competitivo. Aos 21 anos, tem sido associado a emblemas britânicos.

Numa realidade em que haja maior pressão adversária, agressividade e os oponentes diretos tenham maior qualidade, Najár necessitará de passar por uma fase de adaptação. A flecha púrpura vai concentrando atenções de outros clubes em si, seduzindo pela atitude descomplexada e virtuosismo técnico que concilia. Perfeita simbiose.

Ficha Técnica

Nome completo: Andy Nájar Rodriguez

Data de nascimento: 16 de Março de 1993

Local de nascimento: Choluteca, Honduras

Posição: Extremo-direito

Clube: RSC Anderlecht

Boas Apostas!