Volta à baila o interesse dos grandes europeus por William Silva de Carvalho mas A Bola cita uma fonte oficial do clube de Alvalade para garantir que ele “só sai do Sporting pelo valor da cláusula de rescisão, ou seja, 45 milhões de euros”. Os Leões tencionam aumentar-lhe o salário no final do campeonato com o intuito de o segurar pelo menos mais um ano.

De Mira Sintra a Alvalade

Imaginem o filme: 2005, um encontro de Juvenis entre o Mira Sintra e o Sporting. Os Sintrenses perdem mas William Carvalho não só marca como é considerado o melhor em campo. Pequeno detalhe, nessa altura era apenas iniciado de primeiro ano. E enche as medidas dos responsáveis verdes e brancos. Também a prospeção dos Encarnados andava a observá-lo e nessa mesma noite vão em comitiva a casa da família Carvalho para o convencer a ir para a Luz. Qualquer outro miúdo teria ficado encantado mas William recusou. Queria o Sporting. Meses mais tarde, após um telefonema de Nani, então o seu jogador leonino preferido, entrou na Academia do Sporting. Tinha então 13 anos.

Bruno Rodrigues, que na altura o orientava no Mira Sintra, lembra, em conversa com o Mais Futebol, “um miúdo humilde e calado, mas muito maduro. Nessa altura era dois anos mais novo mas era já capitão e líder de balneário, que resolvia os problemas entre miúdos de bairros rivais que andavam muitas vezes à porrada”. Esteve seis anos pela formação e em 2011 estreou-se na equipa principal do Sporting, para logo ser emprestado ao Fátima, da terceira divisão, durante meia-época. Esteve depois 18 meses no Cercle Brugge, na Bélgica, até o recém indigitado Leonardo Jardim o chamar de volta para a pré-época de 2013-14.

Colheita de Alcochete

William Carvalho Cercle Brugge

A passagem por Brugge foi fundamental

As expectativas para esta temporada do Sporting Clube de Portugal era muito modestas. Sem dinheiro e depois da pior classificação de sempre na Liga Portuguesa não se esperava muito. Para muitos o que Leonardo Jardim está a fazer é quase um milagre. Ele provou que com competência e organização, definindo muito bem o que se quer e como lá chegar, motivando os jogadores para deles tirar o máximo, é possível fazer bem mais com muito menos. Jardim recorreu ao produto da formação do Sporting. Pode-se dizer que por necessidade, mas outros antes dele disseram o mesmo e contrataram os Elias deste mundo. A ascensão de William Carvalho é também mérito do treinador madeirense. De repente o médio defensivo é a pedra basilar do jogo leonino, é nele que tudo assenta. Ao ponto de nos perguntarmos como é possível só agora ter chegado aqui. Infelizmente para os adeptos leoninos não vai ficar muito tempo, a mais recente colheita de exceção da Academia de Alcochete já anda nas bocas do mundo.

O cerco inglês

Não é de hoje o interesse mas depois da exibição no clássico com o FC Porto o assédio dos clubes ingleses parece ter redobrado. Surgiram notícias, prontamente desmentidas, de que uma comitiva dos Red Devils se teria deslocado a Lisboa esta semana para apresentar uma proposta de 29 milhões. Jornais ingleses dão-no como uma das peças-chave no projeto de David Moyes para os o futuro do Man United. O problema é que os de Old Trafford sabem das restrições financeiras que afetam o clube de Alvalade e esperam que a necessidade de fazer dinheiro lhes permita adquirir mais uma pechincha. Mas é melhor não perder demasiado tempo a regatear, já há mais candidatos em fila. Os italianos Juventus e Inter de Milão estão atentos. O portal inglês Sport Direct News dá conta do interesse do Chelsea, e o facto de Jorge Mendes representar tanto o jogador como o Manager do clube Londrino pode facilitar o acordo. Certo é que o Sporting parece não abdicar da cláusula de rescisão. Talvez seja melhor ceder já. Uma presença no Mundial do Brasil pode valorizar ainda o passe do jogador.

Boas Apostas!