Os dados estão relançados no acesso à Liga dos Campeões, com o Valência a golear o Málaga por 5-1 e o Real Sociedad a empatar a zero frente ao Osasuna. Já no que toca ao segundo lugar, o Atlético de Madrid não desarma, em vésperas de receber o seu rival no dérbi de Madrid.
Cinco minutos a fazer toda a diferença
Quando se esperava equilíbrio e uma disputa entre iguais no Mestalla, o Valência arrancou para uma goleada histórica, marcando quatro golos em apenas cinco minutos. Foi tudo demasiado rápido para um Málaga que pareceu estar alienado do que o rodeava, num jogo onde podia ter mantido mais vivas as suas esperanças de continuar a jogar pela Liga dos Campeões. Foi então entre os 25 e os 31 minutos que tudo aconteceu. Dani Parejo abriu as hostilidades, Soldado marcou por duas vezes, uma delas na transformação de uma grande penalidade, e Canales colocou o marcando em 4-0.
Isco saiu derrotado de Valência
O Málaga conseguiu estancar a sangria, com Júlio Baptista a marcar um golo antes do intervalo, mas Éver Banega viria a marcar mais um, deixando agora o Valência a apenas dois pontos do Real Sociedad. Isto porque os bascos se deslocaram a Pamplona para defrontar o Osasuna, equipa que vai sobrevivendo acima da linha de água, e não conseguiram marcar. Com o empate, o Osasuna não se desprende da possibilidade de cair em zona de despromoção, enquanto o Real Sociedad volta a perder velocidade fora de casa, na aproximação a uma presença na maior competição do futebol europeu.
Que Madrid no 2º lugar?
O Sevilha está entre as equipas que mais ganham no seu estádio, colocando-se assim como um grande desafio à equipa de Diego Simeone, que continua a acreditar que pode chegar ao 2º lugar. Num jogo muito disputado, e com muitos cartões à mistura, o Atlético conseguiu manter as suas redes invioladas, sendo que Falcao – quem mais? – não desperdiçou a oportunidade de voltar a marcar na Liga BBVA. Uma vitória tanto mais importante, já que o seu rival direto, o Real Madrid, já havia ganho ao outro conjunto sevilhano.
Foi um encontro sossegado para os homens de José Mourinho, que optou por fazer descansar boa parte dos seus jogadores, tendo em vista o encontro da Liga dos Campeões. Nacho e Casemiro, da equipa B, foram as maiores surpresas no onze, sendo que os dois jovens acabaram por estar em bom plano. A figura acabou por ser Ozil, que marcou por duas vezes, com Benzema a marcar o outro golo da vitória por 3-1. Molina foi quem marcou para o Bétis. No capítulo das más notícias, o Real viu dois jogadores sair por lesão, sendo quase certo que não poderão ser utilizados frente ao Borussia. Marcelo é o caso mais grave, deixando Fábio Coentrão sem concorrência, enquanto Modric também saiu fragilizado.
Deportivo não ganha, mas também não perde
Bruno Gama marcou para o Depor
Um ponto a mais nas contas da equipa de Fernando Vázquez, que recebeu o Athletic Bilbao no Riazor e atingiu o quinto encontro sem perder. Trata-se de algo fabuloso, para uma equipa que se sentiu condenada. Bruno Gama abriu o ativo na primeira parte, mas ainda antes do intervalo, Llorente regressou aos golos e permitiu ao conjunto de Marcelo Bielsa garantir o empate.
O Granada, que se mantém acima da linha de água, para já, também empatou esta semana, no seu estádio, frente ao Valladolid. Isto numa semana em que o empate foi mesmo o resultado rei entre as equipas do fundo da tabela. O Mallorca alcançou esse resultado em casa, frente ao Rayo, enquanto Celta de Vigo e Saragoça só esta noite irão entrar em campo.
Barcelona em autorreflexão
Abidal jogou como central
Com o título praticamente garantido e as meias-finais da Liga Europa à porta, o Barcelona tem aproveitado as partidas da Liga BBVA para refletir sobre as suas opções e avaliar os jogadores que passaram a maior parte da temporada fora das opções. Frente ao Levante, num jogo que apenas ficou decidido nos minutos finais, com um golo de Fàbregas, Tito Vilanova teve oportunidade de testar várias soluções.
Para começar, uma defesa composta apenas por jogadores com origem nos corredores laterais. Adriano e Abidal serviram para os desafios deste encontro, mas não parecem poder vir a fazer-se soluções de futuro. Adriano utiliza o posicionamento e velocidade, mas carece de capacidade física para mais altos voos. Abidal, apesar da recuperação, joga agora num nível de intensidade bem mais baixa. Na frente, Fàbregas voltou a mostrar que, mesmo não sendo Messi, pode decidir partidas como o argentino. O mais interessante será ver como Thiago e Tello irão evoluir. Ambos estiveram um pouco aquém do esperado, mas poderão estar bem colocados para saírem do banco nos jogos frente ao Bayern.
