Num escaldante encontro entre Uruguai e Paraguai, o empate acaba por ser má notícia para ambos os conjuntos, que colocam em risco o seu apuramento, numa fase de qualificação sul-americana para o Mundial 2014 onde o equilíbrio é nota, cada vez mais, dominante. A Argentina, por seu lado, mantém-se confortável no 1º lugar, depois de bater a Venezuela por 3-0. A Colômbia também goleou e é agora 2º classificado.

Guerra no Uruguai

Muita luta, enorme discussão, equilíbrio e emoção no final. Assim se pode resumir a autêntica guerra disputada, na noite passada, no Estádio Centenário de Montevideo. Com o Paraguai no último lugar do grupo, a precisar urgentemente de uma vitória para se manter vivo na luta por um lugar no Mundial, e o Uruguai em plena dança das cadeiras em cima da linha de apuramento, não se esperaria menos. Óscar Tabarez surpreendeu ao deixar Edison Cavani sentado no banco, e apesar de ser uruguaia a iniciativa no jogo, a verdade é que faltou sempre algum poder de fogo ao conjunto celeste.

Luis Suarez Uruguai

Golo de Suárez não chegou para garantir vitória

Luís Suárez lutou muito na frente, mas Diego Forlán parecia não conseguir acompanhá-lo, para além de Cristian Rodríguez, outras das apostas no onze, ter feito uma exibição totalmente apagada. Do lado do Paraguai, Cardozo e Haedo Váldez tentavam mexer na frente, mas as linhas da equipa apresentavam-se demasiado recuadas para conseguir levar perigo à baliza de Muslera.

Ao intervalo, Tabárez tentou mudar a sua equipa, chamando Cavani e Arévalo Rios para os lugares do Cebola e de Diego Pérez, com as mudanças a fazerem-se sentir imediatamente. Cavani deu muito mais vida ao corredor direito e Forlán parecia mais confortável a jogar mais recuado, nas costas de Suárez, enquanto Lodeiro ia ocupando uma posição mais junto da linha, no corredor esquerdo. Ainda assim, Diego Barreto parecia uma parede intransponível, salvando com sucessivas defesas de grande qualidade as suas redes. Gerardo Pelusso já tinha aproveitado para refrescar a sua frente de ataque, tirando Cardozo, aparentemente lesionado depois de uma boa exibição, e chamado Edgar Benítez para o seu lugar. Os golos só aconteceram nos derradeiros dez minutos da partida. Aos 82, Luis Suárez abriu o marcador naquele que parecia um golo decisivo para o Uruguai entrar na linha direta para o Brasil, mas Benítez conseguiu, aos 86, voltar a estabelecer o empate. Este resultado, parecendo um mal menor para os paraguaios, acaba por ter o condão de não deixar ninguém contente.

Golos, golos e Farfán

A noite começou com uma goleada da Colômbia por 5-0, frente a uma Bolívia que só em casa consegue demonstrar algum valor. Falcao e James Rodríguez estiveram no onze titular, enquanto Jackson Martínez ficou pelo banco da equipa colombiana. Torres abriu o ativo aos 21 minutos, resultado registado ao intervalo, com Valdés (50m), Teofilo Gutiérrez (62m), Falcao (87m) e Armero, já em tempo de descontos, a completarem o marcador.

Dois golos de Higuaín e a Argentina venceu

Dois golos de Higuaín e a Argentina venceu

Na Argentina, a receção aos venezuelanos era encarada com seriedade, tendo em conta que o selecionado vinotinto foi o único a conseguir bater a seleção das Pampas nesta caminhada para o Mundial. Sem Aguero e Dí Maria, foi Higuaín quem se encarregou dos golos, marcando por duas vezes, uma em cada parte, com Lionel Messi a marcar o golo obrigatório, na marcação de uma grande penalidade à beira do intervalo. A Venezuela mantém-se na corrida por um lugar no Mundial, embora o equilíbrio seja cada vez mais notório nesta competição.

O Perú, a jogar em casa, precisou de esperar 87 minutos para ver Farfán marcar o golo da vitória sobre o Chile. Com este resultado, Uruguai com 13 pontos, Venezuela e Chile com 12 e Perú com 11 pontos vão continuar a disputar a dança das cadeiras, sabendo que apenas lhes sobrará um lugar de qualificação direta e um com direito ao playoff, enquanto Argentina, Colômbia e Equador seguem a distância confortável no topo da tabela.