Liga ZON Sagres – É o tema de conversa desta semana, como não poderia deixar de ser, e o centro de todas as atenções na jornada futebolística portuguesa. O Sporting, um dos líderes da Liga, ao fim de duas jornadas, recebe, em Alvalade, o Benfica, seu grande rival. Enquanto para os verde e brancos este início de época parece permitir algumas esperanças de que as vitórias serão mais regulares para a sua equipa, os encarnados começaram mal, mas com dois golos marcados nos descontos da partida frente ao Gil Vicente, também ganharam moral para enfrentar o dérbi.
Leonardo Jardim tenta manter a sua equipa longe de pressões, assumindo objetivos jogo a jogo, com vontade de vencer, mas sem obrigatoriedade de pensar como terminará a equipa classificada no final da temporada. Em oposição, Jorge Jesus sente bem o peso da necessidade de somar todos os pontos possíveis para que, este ano, volte, finalmente, a ser campeão. Em Alvalade apostam-se em jovens jogadores, como William, Adrien, André Martins, Carrillo ou Wilson Eduardo para transformar o futebol sportinguista num projeto mais atraente. Na Luz, Jesus tem um plantel mais forte, mas procura ainda a melhor maneira de equilibrar jogadores que ficaram do ano passado, com as novas contratações.
Num estádio cheio, o Sporting terá aquele que é o seu grande teste da temporada, até aqui. Uma missão que poderá parecer difícil para alguns dos seus atletas – a defesa, por exemplo, tem ainda que passar a sua prova dos nove -, mas que a confiança somada até aqui ajudará, certamente, a ultrapassar. O Benfica joga num cenário onde tende a sentir-se confortável. Com tantos valores disponíveis, Jorge Jesus sabe que pode tirar o melhor deles numa partida de grande emoção e decisão. Mais do que a união dos dois grupos, o que parece ser essencial neste jogo, é que os melhores jogadores estejam prontos para assumir a responsabilidade de resolver. E entre Fredy Montero e Lima, só um deverá poder sair de Alvalade com um a largo sorriso na face.
O Paços e o calendário
Costinha deverá ter sido dos treinadores mais insatisfeitos com o sorteio do calendário da Liga. Para além de ter que enfrentar o playoff da Liga dos Campeões – onde o Zenit foi um adversário bem acima das suas capacidades -, aos pacenses surgem no caminho Braga, FC Porto e Benfica nas primeiras quatro jornadas. Depois da derrota caseira com os bracarenses e de ter regressado da viagem ao Algarve também sem pontos, o Paços de Ferreira terá que continuar a construir a sua equipa frente a adversários muito mais fortes. O segredo será conseguir manter o balneário unido perante tanta adversidade. Para o mal e para o bem, Costinha parece ser um homem com fibra para assegurar que, depois de um péssimo começo, a equipa terá forças para se reunir e começar a ganhar. Mas somar pontos entretanto poderia, mesmo, ser um excelente bálsamo.
O FC Porto continua na sua senda de vitórias, tendo batido sem problemas o Marítimo. Enfrenta os pacenses depois destes terem viajado à Rússia e, de novo, fora do seu ambiente natural. O Estádio de Felgueiras deverá ter mais gente afeta aos Dragões, pelo que muita da pressão que significa jogar na Mata Real estará posta de parte. Paulo Fonseca não regressará a uma casa que bem conhece, mas sentirá, seguramente, algum arrepio por estar, cara a cara, com o “seu” Paços. A experiência europeia da equipa da Capital do Móvel poderá até servir para olhar o FC Porto de maneira diferente, mas também é seguro que Josué, Licá, Jackson e Quintero (venha como titular ou como suplente), representam um poder de fogo muito difícil de parar.
E ainda…
-Encontro de Vitórias em Guimarães. Os vimaranenses ainda não perderam, os setubalenses ainda não ganharam. Ambos são, no entanto, equipas que oferecem sinais positivos neste início de temporada. José Mota sabe que os pontos têm que começar a aparecer.
-O Arouca volta a jogar em casa e Pedro Emanuel terá que transformar o seu reduto num pequeno mealheiro. Frente ao Rio Ave, que tem hoje cara de candidato à Europa, a missão não se adivinha fácil.
-Outro recém-chegado à Liga, o Belenenses, está também à procura do seu primeiro ponto. Recebe, no Restelo, o Nacional, equipa que Manuel Machado quer bem mais competitiva do que tem conseguido mostrar. Será esta uma tarde de conquistas para Van der Gaag?
Boas apostas!