Suíça – França (Euro 2016)
A França já tem passagem assegurada mas não é indiferente ficar em primeiro ou segundo no Grupo A. A Suíça também tem a qualificação bem encaminhada. Um empate basta para assegurar os oitavos para ambos. Na eventualidade de triunfo da Roménia sobre a Albânia, uma derrota dos suíços deixava-os em igualdade pontual como os romenos. Assim sendo, os golos de uns e outros seriam o critério de desempate.
A Suíça entra para a derradeira jornada do Grupo A na segunda posição, com quatro pontos, resultado de um empate e uma vitória. O golo de Fabian Schar, logo aos cinco minutos da partida inaugural, valeu os três pontos frente à Albânia, naquele que foi um duelo entre irmãos. No segundo jogo os pupilos de Petkovic encontraram a Roménia e iam avisados. Os romenos cerraram fileiras e por pouco não roubaram pontos à França, na partida de estreia. Talvez por isso a estratégia suíça foi de entrar forte e tentar colocar-se em vantagem o quanto antes. Sferovic desperdiçou duas boas ocasiões para abrir o ativo mas o primeiro golo foi contracorrente. Lichtsteiner fez falta sobre Chipciu na grande área e Stancu não falhou na marcação da grande penalidade. A Roménia, que até aí estava encurralada, ficou mais atrevida e a partida ficou mais equilibrada. Mas a Suíça não merecia estar em desvantagem e aos doze minutos da segunda parte Admir Mehmedi repôs a justiça, com um remate potente já dentro da área adversária. Aliás, há que dizer que embora Granit Xhaka tenha voltado a ser eleito o homem do jogo, para mim Mehmedi mexou mais com o jogo.
Um empate neste jogo apuraria os dois intervenientes, independentemente do que aconteça no outro desafio do grupo. Mas uma derrota da Suíça pode complicar as contas do segundo lugar. Porque a acontecer assim e no casa da Roménia bater a Albânia, suíços e romenos ficariam ambos com quatro pontos. Sendo que o confronto direto acabou empatado o critério de desempate seguinte seriam os golos marcados e sofridos por cada uma das seleções.
Onze Provável: Sommer – Lichtsteiner, Schar, Djourou, Rodríguez – Behrami, Xhaka – Shaqiri, Dzemaili, Mehmedi – Seferovic.
A França foi a primeira a garantir a passagem aos oitavos de final. Fê-lo com aquela pontinha de sorte que costuma bafejar os campeões mas convém não esticar a corda. Didier Deschamps resolveu espicaçar Pogba e Griezmann, deixando os dois de fora do onze inicial, optando por Anthony Martial e Kingsley Coman, mas teve que arrepiar caminho. Não só a equipa melhorou quando Paul Pogba foi chamado, no início do segundo tempo, como acabou por ser Antoine Griezmann a romper o impasse, marcando em cima do minuto noventa. Dimitri Payet voltou a ser uma peça essencial para a França neste encontro e não quis ir embora sem voltar a levantar o estádio. É certo que o golo, seis minutos para lá do tempo regulamentar, já não teve o mesmo impacto do do jogo anterior, mas demonstra a confiança do médio francê
O selecionador francês deve estar tentado a fazer algumas poupanças, as mexidas são uma compulsão para Deschamps, mas ele sabe que não é indiferente ficar no primeiro ou segundo lugar do grupo. O vencedor do Grupo A vai enfrentar o terceiro lugar dos agrupamentos C, D ou E. O segundo vai enfrentar o mesmo classificado no Grupo C, que provavelmente será a Polónia.
Onze Provável: Tatarasanu – Spunaru, Chiriches, Grigore, Rat – Hoban, Pantilii – Popa, Stanciu, Stancu – Andone.
Suíça
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2-5 |
Brasil 2014
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França
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0-0 |
Alemanha 2006
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Suíça e França defrontaram-se pela primeira vez no Mundial do Brasil, há dois anos, ainda na fase de grupos. Foram os gauleses a levar a melhor, num encontro que teve sete golos. Os três anteriores tinham terminado em empate.