Rússia – Suécia (Euro 2016)
Segundo e terceiro classificados do grupo G medem forças este sábado. A Suécia, que ainda não perdeu neste apuramento para o Euro 2016, tem nestes próximos dias os dois jogos mais complicados. Primeiro vai à Rússia e na próxima terça recebe o líder, a Áustria. Leonid Slutsky, que substituiu Capello no comando da seleção russa, tem uma tarefa difícil pela frente mas ele é um homem habituado a limpar a confusão deixada pelos antecessores.
Com Fabio Capello no banco a Rússia foi vendo a Áustria e Suécia distanciarem-se nos dois primeiros lugares do grupo G. Talvez os decisores russos tenham esperado demasiado para substituir a liderança técnica da equipa nacional, talvez lhes custasse pagar a indeminização milionária a que o italiano tinha direito. Seis jornadas cumpridas a Rússia acumula duas derrotas, dois empates e duas vitórias. Ceder uma igualdade em casa com a Moldávia foi o resultado mais incompreensível (1-1). Os russos perderam os dois embates com a Áustria (1-0 em casa e fora) e agora convém não perder o confronto direto com o outro concorrente, a Suécia. A partida da primeira volta, em Estocolmo, terminou empatado com um golo para cada lado.
Já estava à vista que Capello não era o homem certo par levar a seleção russa à glória, só não viu quem não quis, logo na qualificação para o Mundial do Brasil. Como organizador do próximo campeonato do mundo há expetativas elevadas, e irrealistas, de que a Rússia possa fazer história em casa. Foi com esse pensamento que escolheram um treinador estrangeiro, de renome. No verão a ficha caiu a quem toma as decisões, talvez Putin. Havia necessidade de mudanças drásticas porque a seleção corria o risco de ficar de fora de mais um grande evento internacional. A nomeação recaiu sobre um nacional, Leonid Slutsky, que acumula o CSKA de Moscovo com a equipa nacional, pelo menos até terminar esta qualificação. O peculiar treinador fez um trabalho irrepreensível no clube moscovita e se há coisa a que está habituado é assumir responsabilidades – ele veio para o CSKA sem experiência em equipas de topo – e arrumar casas deixadas em caos pelos seus antecessores. A nota positiva é que o calendário que espera a Rússia não é dos piores. Tem um desafio duro, este com os suecos, e outro potencialmente arriscado, com Montenegro. Mas serão ambos em casa e, teoricamente, os dois restantes – Liechtenstein e Moldávia – são mesmo para pontuar.
Slutsky chamou cinco jogadores do seu clube e é natural que recorra a estes elementos de confiança para passar as suas ideias para o relvado.
Onze provável: Akinfeev – Smolnikov, Berezutski, Ignashevich, Kombarov – Denisov, Shirokov, Glushakov, Dzagoev, Shatov – Kokorin.
Teoricamente a Suécia tem o calendário mais complicado, particularmente nesta jornada dupla. Este sábado viaja até à Rússia para enfrentar um adversário desesperado por pontos e na próxima terça está de volta à terra natal para receber os austríacos, que lideram, destacados, o grupo G. Nestas duas partidas Zlatan e companhia decidem o apuramento, pelo menos a opção de o fazerem diretamente. E tudo indica que é esse o desfecho mais natural. Os homens de Erik Hamrén superiorizaram-se somam três vitórias e três empates, somando doze pontos.
Os suecos sabem que uma vitória na Rússia praticamente marcava a passagem para o França 2016, deixando o concorrente a sete pontos de distância.
Onze provável: Isaksson – Bengtsson, Granqvist, Milosevic, Wendt – Larsson, Kallstrom, Ekdal, Zengin – Ibrahimovic, Berg.
| Suécia | 1-1 | Rússia | Euro 2016 (Q) |
| Rússia | 2-0 | Suécia | Euro 2008 |
| Rússia | 1-1 | Suécia | Jogos Amigáveis 2002 |
| Suécia | 1-0 | Rússia | Jogos Amigáveis 1998 |
A Suécia leva vantagem no registo histórico (3V/ 3E/ 1D) mas o único triunfo na Rússia aconteceu há mais de cem anos (1913). O primeiro encontro deste apuramento, em Estocolmo, resultou em igualdade.
